No âmbito museal, além da oralidade, o educador pode contar com outros recursos de linguagem. “Os objetos e o ambiente formam uma atmosfera propícia à curiosidade dos alunos, marcada pela materialidade e ludicidade, que estimula o olhar, permitindo interações que reafirmem os vestígios que a História deixou ao longo do tempo (BORGES; RIBEIRO, 2022, p.55)”. Partindo desse pressuposto, a presente pesquisa tem como objetivo: analisar as práticas de linguagens, de aprendizagem, de cultura e de expressão desenvolvidas no Museu Câmara Cascudo (MCC) enquanto espaço de interação socioeducacional. A partir disso, o estudo justifica-se pela importância histórica e social do MCC para a população norte-rio-grandense; e por seu importante papel no processo de educação não formal junto aos educandos e instituições locais, se destacando pela sua atuação e infraestrutura destinada a fins educacionais e culturais. Dentre os principais conceitos apresentados nesse estudo destacam-se: as teorias das linguagens e aprendizagens sob a ótica de Vygostky e Fuza, além dos conceitos de Pierre Bourdieu sobre a teoria do capital cultural que tem relação direta com o tema das práticas culturais e expressivas. Trata-se de um estudo do tipo exploratório-qualitativo, cujas técnicas de pesquisa utilizadas foram: a entrevista semiestruturada, tendo sido entrevistados oito sujeitos do MCC, sendo destes, dois especialistas (setor educativo e cultural, e do setor de museologia). Os dados foram analisados a partir da técnica de análise de conteúdo, sendo utilizado o software N-Vivo para tratamento dos dados. Dentre os principais resultados da pesquisa tem-se que: o setor educativo e cultural e os mediadores são peças fundamentais no processo de interação com o público e, consequentemente, com a transferência de conhecimento e aprendizagem desse público no âmbito museal.