O pensar autônomo, enquanto construção que não está sujeito à opinião e/ou pensamento de outrem, é algo cada vez evocado na sociedade contemporânea, uma vez que, estamos imersos em volume de informações, que se somam e se propagam vertiginosamente através dos veículos midiáticos, em especial pelas redes sociais. Neste trabalho, buscamos apresentar nossa compreensão sobre a construção de um pensamento/juízo de valor, suscitado pelas leituras de Montaigne (2002), Deleuze (1993) e Lessing, bem como, de Adorno (1995) e Arendt (2016). A metodologia elencada é de natureza teórica, o que implica que a mesma é baseada em autores, que permitem discutir e formular indagações sobre um certo campo de estudo ou pesquisa. Os apontamentos realizados seguem a orientação de uma revisão de literatura narrativa, uma vez que não utiliza critérios explícitos e sistemáticos para a busca e análise crítica do repertório literário. Apresentamos uma concepção da linguagem literária e da educação, como filtro ativo, que nos dá a possibilidade de eleger (ou não) os conteúdos, assuntos ou informações que nos acrescem enquanto ser humano e sujeito no mundo, e que favorecem à formação do homem não dominado, pleno de autonomia de pensamento e ação em todas as instâncias da vida social.