A adolescência é uma fase da vida que ultrapassa a questão meramente cronológica e caracteriza-se como uma etapa de afirmação da personalidade. O objetivo deste estudo foi relatar a experiência de práticas de educação em saúde por um integrante do NASF, quanto à importância da saúde sexual e reprodutiva em um grupo de adolescentes. Foram realizadas oficinas educacionais a partir das necessidades identificadas no grupo de 18 adolescentes. Desenvolvidas de forma dinâmica, as oficinas contaram como recursos didáticos como bonecos e miniaturas dos órgãos genitais. No desenvolvimento das oficinas, procurou-se trabalhar relacionando o conhecimento prévio com o científico, permitindo uma interação positiva entre os participantes, viabilizando um clima de confiança para a construção coletiva do aprendizado para que os adolescentes colocassem seus conhecimentos, suas dúvidas, medos e tabus referentes aos temas abordados. Percebeu-se o déficit de informações sobre sexualidade, sistemas reprodutores, forma de utilizar métodos contraceptivos, sobre as IST`s, sobre planejamento familiar e os métodos contraceptivos. Nas discussões todos relataram não dialogar com os pais, que a escola se ausenta do papel de orientação e afirmaram nunca procurar profissionais de saúde para resolutividade de dúvidas, recorrendo a pessoas próximas para debaterem tais temáticas. Percebeu-se nesta vivência a importância da educação em saúde sexual e reprodutiva como instrumento de promoção e prevenção de agravos, portanto é necessário estimular os adolescentes através de grupos de promoção e prevenção à saúde para a aquisição de conhecimentos sobre o tema, que favorecerá o exercício da cidadania e transformação da sua realidade social.