Era encontrado na literatura sócioantropológica do campo religioso brasileiro, características Pentecostais de um posicionamento político apático e uma ideologia de forma generalizada opressora para as mulheres. Emerge um ativismo partidário religioso no período de redemocratização nacional, consolidando o pluralismo. A estratégia religiosa na bancada da constituinte, comissões de cultura e educação, grupos seculares atuaram na estruturação de novas políticas relativas a movimentos de libertação modernos: laicidade, pluralidade e direitos humanos. A partir da ideia; ‘a religião como o cimento necessário de uma nação’, um secularismo tolerante e democrático, aberto para a religião como representante da esfera pública, conduzida por movimentos com intelectuais e marxistas passaram a ser dominantes, uma construção e tentativas para superar o tema da violência. Secularismo como ideologia do Estado é abandonado junto a visão contrária à religião, sobre o horizonte iniciado pelo Movimento contra fome e pela construção de cidadania, a paz foi relacionada à espiritualidade, ao bem-estar social, à assistência pública/privada e direitos sociais. Em análise, o Ministério Profetizando as Nações da pastora/cantora Fernanda Brum, atuando no cenário cristão, demarca uma atuação nos movimentos sociais e assistencialistas fornecendo uma estrutura de políticas públicas aos indivíduos que recebem apoio evangelístico, atuando diretamente na reconfiguração do papel da mulher sob a esfera do mundo sagrado. Volto o olhar para a apropriação da mídia como veículo de redimensionamento dos processos ritualísticos e morais da sociedade.