Este artigo apresenta os resultados iniciais da pesquisa intitulada “Acadêmicos de cursos de licenciatura/UFMS e sua representação social sobre a violência escolar entre meninas”, tendo como objetivo geral analisar as representações sociais dos licenciandos sobre a violência escolar entre meninas, na perspectiva das relações de gênero, e como objetivo específico primeiro a análise de teses, dissertações e artigos que contemplem a violência escolar sob o enfoque de gênero na formação de professores, visando apreender a incidência e os diferentes modos de abordagem desta temática. Para tal, nosso levantamento abrangeu 5 (cinco) bancos de teses, dissertações e artigos – Scielo, Capes, BvsPsi e UFRGS- com a utilização dos descritores formação+professores+violência+gênero e, num segundo momento, apenas formação+professores+violência, devido à escassez de resultados na primeira busca. Nosso referencial teórico para análise dos dados foi a psicologia histórico-cultural para compreensão do processo formativo docente e os estudos sobre violência de Hannah Arendt, entre outros, para buscar conceituar e definir a violência e os temas relacionados. Concluímos por meio da análise das teses, dissertações e artigos levantados que muito se produziu sobre violência escolar na formação, e pouco sobre a necessidade da discussão sobre violência escolar e gênero na formação de professores, e que os relatos nas pesquisas selecionadas revelam a sensação de insegurança dos docentes e licenciandos relacionada à carência de discussões que viabilizem reflexões e possibilidades de enfrentamento e compreensão das manifestações de violência entre meninas no espaço escolar, abarcando toda complexidade deste fenômeno cuja essência em muito se difere da aparência