O ensino de pronúncia na sala de aula de Língua Estrangeira (LE) sempre constituiu uma questão controversa, sendo, muitas vezes, erradicado da prática dos professores. Ainda que já haja um relevante número de pesquisas sobre a importância do ensino dos aspectos fonético-fonológicos, tais como: Roach, (2009), Celce-Murcia, (2010), Avery & Ehrlich, (2012a) dentre outros e no Brasil, Alves, Lima & Cruz, Silva Jr (2009) e Silva Jr & Scarpa (2013), tal questão ainda não tem o destaque que merece nas universidades e/ou escolas de ensino regular na rede pública de educação básica. Percebe-se que não há interação significante da pronúncia às outras habilidades linguísticas como leitura e escrita. Se a pronúncia não for trabalhada adequadamente, pode gerar não-compreensão de um enunciado durante uma troca conversacional por causa das transferências que fazemos a partir da língua materna (LM). Existem vários tipos de transferência LM-LE que podem afetar o grau de inteligibilidade da produção oral na língua-alvo. Essas transferências podem ocorrer tanto no nível segmental (SE) quanto no suprassegmental (SU). O presente trabalho tem como objetivo mostrar que o ensino e da pronúncia é mais eficaz se utilizarmos métodos como o “listening” ao invés de leitura e/ou escrita ortográfico-gramatical. Para nossa metodologia, utilizamos uma turma do 1º ciclo do curso Letras-Inglês/UEPB-CH. Com um total de quinze informantes, conduzimos aulas falando apenas em língua inglesa durante vinte e quatro aulas divididas em seis semanas com o auxílio de material didático de áudio. Selecionamos um corpus a partir do material didático de áudio e o aplicamos durante as seis semanas. Em seguida, os alunos produziam foneticamente nosso corpus de forma contextualizada. Analisamos o corpus na primeira e sexta semana e traçamos uma linha de tendência para cada uma destas semanas. Como resultados, verificamos que as produções fonéticas na última semana de aplicação demonstraram maior índice de acerto em relação à primeira semana. Concluímos que a utilização da habilidade “listening” antecedendo habilidades como leitura e escrita se mostrou mais significativamente mais eficaz no tocante ao ensino de pronúncia.