Este trabalho descreve uma sequência didática (SD) sobre o processo evolutivo e a classificação das embriófitas (plantas terrestres), um assunto que muitas vezes é ignorado pelos professores e estudantes. Foi aplicada em uma turma da 3ª série do ensino médio da Escola Estadual Desembargador Vicente Lemos, em Senador Elói de Souza/RN, com o objetivo de desenvolver um viés investigativo nos estudantes através do estudo da diversidade e evolução das plantas. Ela foi realizada de forma virtual devido ao ensino remoto à época da realização (pandemia da COVID 19). A SD foi ministrada em cinco momentos, três deles em aulas síncronas através da plataforma Google Meet® e outros dois que consistiram em pesquisas e registros de plantas, realizado em duplas. Com isso, os estudantes puderam se inserir em um ambiente no qual o conteúdo ultrapassava a barreira do abstrato, podendo assim adquirir uma percepção real do que se estudava em sala de aula. Isto ocorreu através de observações do entorno do local no qual os estudantes moravam. Foram realizados registros fotográficos e analisados, demonstrando diferentes aspectos do ambiente. A execução seguiu as premissas do ensino investigativo, em que os estudantes, através de orientações (questionamentos), tiveram a possibilidade de construção do conhecimento baseando-se em sua vivência, servindo de base para as consolidações das informações obtidas das pesquisas na internet e em campo. A temática outrora desvalorizada, passou a ser interessante para os estudantes, uma vez que as plantas, muitas vezes analisadas como cenário para os animais, se constituíam como seres passiveis de todos os processos inerentes aos demais seres vivos, inclusive os de origem evolutiva. O trabalho possibilitou uma aproximação entre professores e estudantes em um período de afastamento, oportunizando uma interação mais pessoal.