A figura do trabalhador-estudante é contemplada no Código do Trabalho e na legislação pertinente que estabelece suas normas. Geralmente, a tentativa de adequar trabalho e estudos a uma mesma rotina ocasiona adoecimentos, tanto psíquicos quanto físicos. A prevalência de problemas de saúde, originados pela necessidade de trabalhar e estudar, está em constante aumento e requer compreensão a fim de ser enfrentada de maneira eficaz. Nesse sentido, o presente estudo trata das consequências que a conciliação dos estudos com a atividade laboral traz na vida do trabalhador-estudante. Sob essa perspectiva, buscou-se compreender como a atividade laboral pode influenciar a qualidade de vida do trabalhador-estudante na vivência da educação. Com esse propósito, realizou-se uma revisão sistemática da literatura, visando identificar quais são os principais fatores que impactam a qualidade de vida do trabalhador-estudante. Desse modo, os resultados evidenciaram que o tempo é visualizado como uma questão problemática, uma vez que aspectos como impossibilidade de descansar por conta do tempo e ausência de tempo para se dedicar a outras questões foram apontadas. Além disso, a saúde mental abalada foi um problema apresentado com recorrência na literatura de base. Portanto, observou-se que a simultaneidade de trabalho e estudo tem um impacto negativo na qualidade de vida do trabalhador-estudante. Espera-se que esses resultados auxiliem na ampliação da discussão entre trabalho, estudo e qualidade de vida, bem como, acrescentem informações à temática.