SILVA, Joara Alves Da et al.. Etnobotânica no ensino de biologia. Anais IV ENID / UEPB... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/9937>. Acesso em: 19/11/2024 22:32
Durante anos o ensino de Botânica limitou-se ao ensino bancário, onde os professores não relacionam o assunto aplicado em sala de aula ao cotidiano do aluno, e por sua vez o aluno não consegue interagir. Para transforma esta realidade os professores têm que propor e submeter-se a uma ideia inovadora de ensino, como uma forma de conseguir aulas mais dinâmicas e promover uma aprendizagem com maior qualidade e aplicável ao cotidiano (ALVES, 2014). O professor deve assumir o compromisso de desenvolver aulas dinâmicas que coloque o aluno em contato com objeto de estudo, incentivando o aluno a ter a percepção que o conteúdo está inserido em sua vida cotidiana. Partindo deste pressuposto, o ensino de botânica pode facilmente ser vinculado ao cotidiano do aluno, promovendo aulas contextualizadas e participativas. Para tanta, é de fundamental importância a relação da botânica com o cotidiano do estudante. Assim, a etnobotânica pode ser uma ferramenta poderosa, pois segundo Ford (1978), a etnobotânica tem sido definida como “o estudo das inter-relações diretas entre seres humanos e plantas”. O presente trabalho teve o objetivo de utilizar plantas medicinais para realização de práticas pedagógicas como forma de promover o ensino de Botânica de maneira contextualizada. Como prática do PIBID (Programa Institucional de Iniciação à Docência), iniciamos o planejamento da ação com uma sondagem na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Deputado Álvaro Gaudêncio de Queiróz. Com o objetivo de sondar o conhecimento prévio do alunado sobre Botânica e plantas medicinais, elaboramos um questionário com questões do tipo aberta e fechada. Foi exposto um vídeo que sobre o Reino Plante e as plantas medicinais. No decorrer da aula os exemplares dos componentes do reino plantae eram apresentados e os estudantes realizavam observações. Entre as plantas observadas estão Briófitas e Pteridófitas, coletadas na própria escola, e Gimnospermas e Angiospermas observadas nas calçadas e jardins do bairro. A sala foi dívida em grupos, e os estudantes saíram para coletar plantas medicinais na área da escola, que possui algumas espécies. Após a coleta prensaram as amostras e colocaram para secar. Prosseguindo a ação, foi realizada a montagem e classificação das espécies coletadas de acordo com as normas de classificação biológica. Para a classificação dos exemplares, os estudantes puderam fazer uso da internet no celular. Para o uso do celular em sala de aula foi solicitado uma autorização da diretora. A escola possui rede de distribuição de sinal de internet wi-fi, o que contribui para a pesquisa e para o uso da tecnologia na aula. Esta prática, ainda tímida, mostra que é possível agregar as tecnologias disponíveis aos estudantes às aulas. Os alunos verbalizaram a aprovação da inserção de plantas medicinais nas aulas de botânica. Incentivo para desenvolver sempre aulas dinâmicas e contextualizadas, visualizando assim que o docente tem uma missão a cada dia, e esta missão é promover estratégias didáticas passando o conteúdo de forma que auxilie aluno a ler o mundo a partir da teoria abordada em sala de aula e fugir de aulas monótonas e do ensino bancário.