A utilização de rochas cominuídas como insumo agrícola complementar tem a capacidade de melhorar a qualidade física, química e biológica do solo. O uso de pó de rocha na recomposição de minerais (remineralização) reduz custos e melhora as condições pedogênicas. Este conjunto de processos, que submete determinadas rochas a uma redução e classificação de tamanho por processos mecânicos, alterando os índices de fertilidade e de vida do solo, é conhecido como rochagem. Na atividade de mineração, uma das grandes preocupações é a destinação do grande volume de material retirado das minas e que passa a ser classificado como REJEITOS, em muitos casos tornando-se um grande problema ambiental. Contudo, no caso da mineração de esmeraldas na região da Serra da Carnaíba, localizada no município de Pindobaçu, Bahia, o material retirado é rico em nutrientes minerais necessários ao desenvolvimento das plantas. Dentre os principais nutrientes, destaca-se o alto teor de POTÁSSIO (K). O presente estudo tem como objetivo principal caracterizar o potencial econômico dos FLOGOPITITOS, rocha formada majoritariamente pelo mineral flogopita, principal litotipo que hospeda as esmeraldas na região, quando aproveitados como agrominerais remineralizadores de solo. Vale destacar que esse material litológico é descartado indiscriminadamente, acumulando-se aos montes nos taludes da serra, tornando-se um passivo ambiental na região. A importância dos agrominerais no Brasil é reforçada pela crescente demanda por fertilizantes no país. Nesse sentido, busca-se ampliar as fronteiras de exploração mineral no país, atuando em sinergia com outros setores da economia que anseiam por novas alternativas que viabilizem a constituição de solos mais resilientes, proporcionando uma redução significativa no uso/custo de fertilizantes sintéticos e agrotóxicos, produzindo alimentos mais saudáveis, o que gera uma redução positiva em cadeia que irá beneficiar tanto a sociedade quanto o meio ambiente.