Embora o debate sobre a Educação Popular tenha surgido no Brasil em pleno período desenvolvimentista na década de 40, é notável que sua efetivação ainda seja um desafio, sendo necessário problematizar os entraves que impedem seu avanço nos mais diversos espaços dos saberes. No entanto, este trabalho tem como objetivo apresentar a Educação Popular como elemento fundamental no fortalecimento dos movimentos sociais e políticas públicas, capaz de colaborar para transformação da atual conjuntura da sociedade em um projeto societário mais participativo e com menos desigualdade social. Da mesma forma, é necessário desenvolver o diálogo em direção da Educação popular para apropriação da consciência de classes, bem como, o antagonismo de interesses que envolvem a correlação de poder existente entre si. Seria possível a Educação Popular romper com os interesses hegemônicos que determinam essa relação de poder, e assim consolidar o exercício da cidadania? Para elaboração deste artigo utilizou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica, de cunho qualitativo, fundamentada por estudos e conhecimentos já produzidos e de abordagem exploratória para análise e explanação do tema. Os fundamentos reunidos e analisados ao decorrer do texto, permitirá evidenciar tendências conservadoras da seletividade e hierarquização introduzidas em propostas pedagógicas para controle e manutenção do sistema de cerceamento da práxis libertadora.