O presente artigo busca apresentar e tecer considerações sobre uma das atividades realizadas por residentes do Programa Residência Pedagógica (PRP). Através do programa, é trabalhado a observação e a regência, que inserem o residente, na sala de aula dando autonomia para a construção de planejamentos de aulas e atividades a serem desenvolvidas pelos residentes em sala. Com o perfil analisado da turma, surgiu o interesse de trabalhar a literatura infantil em consonância com questões étnicas de representatividade e valorização da diversidade, desenvolvendo atividade centrada na esfera da identidade e aceitação, assuntos nem sempre enfocados durante o ano letivo, sendo resgatados em algumas datas específicas, como no Dia da Consciência Negra. A escola antes de qualquer coisa, deve ser um espaço onde o estudante possa se sentir não só acolhido, mas também representado, enxergar-se no ambiente escolar em diferentes eixos, dentre eles, dentro das histórias e literatura trabalhadas em sala de aula. As atividades foram realizadas com os objetivos de compreender qual a ideia que os alunos têm por príncipes e princesas e qual a idealização deles de como são essas figuras da realeza. Identificamos possíveis lacunas na construção de identidade e representatividade na formação dos alunos, assim como o papel da literatura nessa construção e formação da criança. O papel do professor nesse cenário é primordial, para que o aluno se sinta representado e possa interferir de forma positiva em sua formação como ser humano e leitor. Trabalhar a representatividade só mostrou como é carente o encontro de histórias que tragam essa identificação para a criança negra, histórias que possam trazê-la como personagem principal que não seja de sofrimento, mas trabalhar com a criança em sala de aula desde cedo que ela é e poderá ser a princesa do seu próprio conto de fadas se assim desejar.