O presente artigo objetiva promover uma reflexão sobre o que deve ser prioridade nas aulas de Língua Portuguesa, buscando compreender que metodologia promove o conhecimento significativo do estudo da linguagem. No primeiro capítulo, analisaremos alguns entraves ao ensino de língua materna proporcionado por uma abordagem tradicional da gramática normativa, na qual o professor assume a função de transmissor de regras, presentes em enunciados descontextualizados. Tais regras estão associadas a nomenclaturas que devem ser memorizadas e sua aplicação por parte do aluno segue o mesmo procedimento sem a necessidade de inferência dele. Como segundo passo, abordaremos um ensino de língua que inclui gêneros textuais e observações acerca das variações linguísticas. Essa segunda propõe uma interação entre o estudo do sistema linguístico e os textos em que são aplicados, compreendendo que os elementos presentes no sistema possuem uma função semântica dentro dos textos, sejam eles orais ou escritos. A abordagem do tema é relevante porque tem o objetivo de rever a prática de alguns docentes, pois ainda é possível perceber a persistência de práticas tradicionais quanto ao ensino de língua, nas qual são priorizadas apenas a normatização gramatical. A partir de tais reflexões, propomos algumas sugestões para que o ensino de língua tenha como objetivo desenvolver as competências comunicativas dos alunos, possibilitando a eles uma nova visão sobre a língua materna para que possam refletir sobre sua utilização em diferentes contextos comunicativos, para isto, utilizaremos como base teórica textos escritos por Bagno e Traváglia, tendo ainda o suporte teórico de outros pesquisadores da área.