A matemática sempre foi vista como uma disciplina difícil, privilégio daqueles que são gênios por conseguir lidar com números e funções. Alguns culpam os professores. Outros, julgam ser responsabilidade do aluno estudar para tirar boas notas, como se isso fosse o suficiente para definir se ele aprendeu, realmente, o conteúdo. Há, ainda, os defensores de que diversos fatores influenciam na aprendizagem desta matéria. Enfim, o fato é que os estudantes temem a matemática mais do que outras disciplinas ou, até mesmo, mais do que a própria reprovação. Este fenômeno, que está presente em toda a história da educação no Brasil, possui nome: matofobia. Travassos (2018) definiu a matofobia associando-a à ansiedade, ao medo, ao desprezo, ou tudo que leva à aversão matemática. Neste sentido, objetiva-se, por meio deste trabalho, discutir as causas e consequências da matofobia, além de investigar a presença destes fatores na educação brasileira em diferentes momentos dos séculos XX e XXI. Logo, trata-se de uma investigação qualitativa, de natureza bibliográfica, em que exploramos um referencial teórico que versa sobre a matofobia e a história da matemática e da educação matemática no Brasil. A partir desta pesquisa, busca-se compreender como a matofobia tem se manifestado na educação brasileira, com o intuito de observar suas implicações nas ações pedagógicas que buscam atenuar a aversão à matemática.