As aulas de português frequentemente apresentam o texto por meio de recortes descontextualizados para o estudo de aspectos gramaticais e textuais. Priorizam-se questões específicas da escrita ou relacionadas à avaliação da leitura. Desse modo, o trabalho envolvendo a leitura é direcionado para atividades didáticas que desconsideram a contribuição do leitor e o diálogo com a realidade do estudante. A participação do educando é mínima nesse processo, ficando a cargo do livro didático a tarefa de selecionar o quê, como e quando ler. Diante da escassez de momentos exclusivos, reservados à leitura nas aulas de ensino fundamental, esta pesquisa tem por objetivo mostrar e descrever como a garantia da leitura diária favorece a formação do leitor e a ampliação do seu repertório textual. Desse modo, o trabalho acompanha e examina o percurso e desenvolvimento desses leitores, bem como as contribuições das estratégias utilizadas nas práticas de leitura. A pesquisa partirá de uma metodologia qualitativa, através da pesquisa bibliográfica, questionários e análise dos diários de leitura dos estudantes sobre a experiência leitora. Dessa forma, pretende-se mostrar como a exposição frequente e planejada de situações de leitura contribuem para a formação e autonomia do leitor. O referencial teórico norteador fundamenta-se em autores que tratam de Leitura, como por exemplo, Geraldi (2006), Lerner (2002), Petit (2008), Silva (1998), Solé (1998); Literatura, Colomer (2003) e Zilberman (1985) Gêneros textuais, Marcuschi (2008).