Um dos encontros formativos promovidos pela Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza para os professores de Ciências da Natureza dos anos finais do Ensino Fundamental no ano de 2022 objetivou o desenvolvimento de atividades de campo para a elaboração de planos de aula a serem aplicados nos espaços escolares da rede. O referencial teórico-metodológico foi baseado na “teoria das situações didáticas”, de Guy Brousseau, e na “transposição didática”, de Yves Chevallard. Para estes estudiosos, o saber pode ser entendido quase sempre como um tanto descontextualizado, despersonalizado e mais associado a um contexto científico, histórico e cultural. A elaboração do plano de aula pelos partícipes desta formação aconteceu em dois espaços “não formais”, o Museu da Indústria e o Passeio Público, ambos locais históricos, culturais e sociais da cidade de Fortaleza. Nesse contexto, a nossa pretensão é evidenciar a formalização da estruturação conceitual do plano de aula, a partir de práticas e teorias das situações didáticas e das transposições didáticas. Trata-se de priorizar o estudo da didática através dos conceitos científicos da ciência e, por outro lado, da construção do plano de aula de forma empírica não formal, alusiva ao fenômeno da aprendizagem da ciência. A estrutura dos plano de aula continha: ano/série, componente curricular, tema da aula, objetivo(s) de aprendizagem, habilidades, competências, unidades temáticas, objetos de conhecimento, procedimentos metodológicos, recursos e avaliação. A referida estrutura observou a teoria da situação didática nos espaços não formais Diante da análise dos planejamentos dos professores, ficou explicito o quanto o uso das teorias da transposição didática, das situações didáticas contribuiu com a formação docente.