Este artigo relata parte de uma pesquisa que abordou o tratamento da heterogeneidade em documentos curriculares brasileiros. Neste texto, o recorte foi dado à análise de como documentos curriculares de dois estados de regiões diferentes (Pernambuco e Minas Gerais) e de cidades de diferentes partes em um mesmo estado (Recife e Jaboatão dos Guararapes) orientam os professores quanto ao atendimento da heterogeneidade dos estudantes em relação aos níveis de conhecimento. Desse modo, objetivou-se mapear e analisar as orientações dadas em documentos curriculares quanto ao tratamento da heterogeneidade de níveis de conhecimentos dos estudantes à luz de autores como Leal, Brandão, Almeida e Vieira (2013), Coutinho Monnier (2009), Leal, Silva e Sá (2015), Para tanto, a metodologia utilizada pautou-se em uma pesquisa documental, considerando que os documentos curriculares são fontes ricas e estáveis de conhecimento, como bem apontam Ludke e André (1986), sendo os dados investigados com base na análise de conteúdo proposta por Bardin (1977), a qual consistem em um conjunto de técnicas de análise da comunicação com o objetivo de obter indicadores que possibilitem interferir no processo de produção/recepção da mensagem em questão. As categorias de análise foram construídas com base em dados do projeto geral: Heterogeneidade e Alfabetização: Concepções e Práticas, que buscou analisar orientações sobre estratégias para lidar com a heterogeneidade em documentos curriculares, livros didáticos, assim como na prática de docentes em sala de aula e as concepções e resultados de pesquisas (teses e dissertações) acerca do tema.