Este trabalho teve como objetivo analisar as Assembleias em Saúde Mental como espaço de educação ao buscar a promoção do diálogo e da autonomia dos seus participantes. Neste sentido podemos observar que no contexto da Reforma Psiquiátrica existe a possibilidade de constituição de novos modelos de oferta de cuidado para pessoas com transtornos mentais e em sofrimento psíquico, com ênfase na reabilitação social em liberdade, ofertando cuidado intensivo, humanizado, comunitário, personalizado e promotor de vida. Para o alcance desta análise, este trabalho adotou como caminho metodológico a pesquisa bibliográfica, embasada no estudo das de obras de Paulo Freire e de autores que tratam do tema das assembleias em Saúde Mental. O texto aponta, que dentre as estratégias utilizadas no âmbito da saúde mental, a Assembleia de Usuários tem como objetivo incluir os pacientes na gestão do cotidiano institucional, oferecendo espaço para que possam co-responsabilizar-se pela administração do espaço que utilizam e pelo tratamento que recebem. A estratégia da assembleia foi discutida sob a ótica freireana, tratando o tema a partir dos pressupostos da pedagogia da autonomia e do diálogo, se apresentando, primeiro como objetivo e segundo como instrumento de práxis, para o funcionamento da estratégia. Assim, pudemos constatar que a Assembleia de usuários se apresenta como um espaço educacional e uma estratégia potente de construção de liberdade e de novos saberes e práticas no campo da saúde mental, condizentes com a valorização da vida em sua multiplicidade.