Com a expansão do conhecimento a respeito do fator gênero, vem se desencadeando na realidade atual a necessidade de valorizá-lo, principalmente no que se diz respeito ao autoconhecimento e auto afirmação, e ainda mais quando tornamos evidentes as contribuições das mulheres quando o assunto é ciência. Esse viés desperta a ideia de dar visibilidade a esse aspecto, trazendo-o para a sala de aula de ciências/física, com intuito de criar situações e motivações em que as alunas do ensino público consigam ter voz, e aprendam dentro da perspectiva da ciência como grandes descobertas aconteceram no decorrer dos anos, e as interpretações sociais e midiáticas sobre essas descobertas, além da intenção principal que é motivá-las a seguirem o ramo da pesquisa e da ciência, contemplando sobretudo fatores e descobertas instigantes nos ramos de física, engenharia e medicina voltados para uma turma de ensino médio a partir da eletiva que aborda como título “Mulheres na Ciência”, mostrando às alunas que a evolução do conhecimento científico deveu-se, também, às contribuições de expressivas personagens femininas. As atividades baseiam-se em pesquisas historiográficas, criando pontes para discussões em sala, por meio de metodologias ativas de aprendizagem, valorizando o protagonismo, a aula invertida, trabalhando gênero na ciência. A partir do conhecimento prévio que aborda o lugar da mulher quando se trata de prêmios e destaque, foi desenvolvida uma atividade com enfoque contextual na física, para promover a aptidão das alunas e o senso de competição, com uma oficina de construção e lançamento de foguetes, figurando como uma “atividade de recreação científica” que foi orientada durante o período da eletiva. O momento da construção e lançamento desses foguetes, fabricados pelas alunas, trouxe participação ativa, cativando-as para o fator pertencimento no âmbito das ciências da natureza, bem como o fortalecimento e melhor compreensão de fenômenos científicos.