O aprendizado de Genética é visto como complexo por grande parte dos alunos, muitas das vezes devido as dificuldades em interpretação, raciocínio lógico e na matemática. Tradicionalmente, os princípios da hereditariedade são predominantemente expostos com aulas expositivas dialogadas, o que leva a desmotivação, desinteresse e baixo aproveitamento pelos discentes. Por outro lado, é possível adotar atividades lúdicas no ensino, proporcionando maior interação do aluno com o conteúdo, incentivando-o a desvendar os princípios da vida. Neste trabalho, objetivou-se validar o uso de jogos como auxiliares no processo de ensino-aprendizagem de Genética. O público alvo consistiu nos alunos do 3º ano do ensino médio de uma escola pública na cidade de São João do Rio do Peixe-PB. Inicialmente, após uma aula expositiva tradicional, foi aplicado um questionário para verificar o aproveitamento do conteúdo. Em seguida, foram realizados dois jogos didáticos, sendo eles a “Trilha de Mendel” e o “Bingo das Ervilhas”. Na sequência, foi aplicado outro questionário, a fim de identificar a contribuição dos jogos para a melhor compreensão do tema pelos discentes. Na primeira aplicação, 20 participantes responderam os questionários com um aproveitamento de 63,64% de acertos, 26,82% de erros, 9,55% de questões em branco. Na segunda etapa de aplicação, 18 alunos responderam os questionários com 76,11% de acertos, 17,78% de erros, 6,11% questionários deixados em branco e, 9.09% das respostas incompletas. Pode ser constatado um aumento percentual de aproximadamente 13% nos acertos, mesmo com o número de alunos participantes tendo diminuído. Outro ponto favorável observado, a partir da utilização dessa metodologia, foi maior o engajamento e interesse dos discentes nas aulas, aguçado pelo estimulo competitivo. Portanto, os resultados obtidos evidenciaram que a utilização de jogos didáticos em Genética promoveu o maior aproveitamento no processo ensino-aprendizagem destes alunos.