Este trabalho pretende apresentar discussão sobre o direito à educação de crianças e adolescentes no Brasil quando esses se encontram institucionalizados/as, e apresentar um relato de experiência sobre a efetivação desse direito durante a pandemia da covid-19. O texto apresenta uma contextualização histórica utilizando trabalhos de autores como Faleiros, Rizzini e Rizzini, entre outros, e traz reflexões sobre as mudanças ocorridas, devido às lutas sociais em prol de novos horizontes políticos e de marcos históricos como a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, que instaurou novas referências políticas, jurídicas e sociais ao definir que toda criança tem direito à proteção integral e a responsabilidade é da família, da sociedade e do Estado. No país se passou a ter muitas mudanças para a garantia de direitos para esse público, eles passam a ser prioridade absoluta e se cria então uma política de atendimento específica. Nos casos em que as crianças e adolescentes estão em situação de riscos, pessoal e social, podem ser afastadas temporariamente, ou não, de suas famílias biológicas por medidas de proteção e pode haver a institucionalização. A partir de relato de experiência ao se exercer a função de educador social de instituições de acolhimento para crianças e adolescentes durante a pandemia da covid-19, o texto apresenta como esse direito à educação é efetivado na prática, e as impossibilidades e desafios enfrentados para concretizá-los nesse contexto.