A visão é um importante órgão para estabelecer a interação da pessoa com o meio. Sua perda, total ou parcial, pode causar prejuízos do tipo social, psicológico, educacional, motor, além de afetar outras áreas do desenvolvimento. No que se refere ao aluno com cegueira ou baixa visão, inserido em sala regular, o docente precisa buscar informações sobre a condição visual e o seu desenvolvimento global, para que possa aplicar as estratégias e os recursos que permitam a sua participação com equidade. O presente artigo tem o objetivo de socializar a vivência da formação de docentes no curso de “Aperfeiçoamento em educação especial inclusiva com ênfase em deficiência visual”, ofertado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no período compreendido entre dezembro de 2021 a junho de 2022. Na ocasião o autor ministrou o módulo “Atividades complementares à educação do estudante com deficiência visual”, composto pelos conteúdos: domínio das tecnologias assistivas, conhecimento das atividades de vida autônoma e técnicas de orientação e mobilidade, todos voltados à prática do docente para o atendimento ao aluno com deficiência visual. Diante da realidade observada durante a formação, os alunos, neste caso, os professores em formação, apresentaram na prática, resultados satisfatórios, como por exemplo: (a) utilização de metodologias concretas que facilitam o ensino dos citados conteúdos aos alunos com deficiência visual em sala regular; (b) percepção e eliminação de barreiras que impedem aprendizagem e a participação dos alunos com deficiência visual em sala regular; e (c) apreensão e troca de saberes quanto ao desenvolvimento da autonomia e independência dos alunos com deficiência visual em sala regular. No contexto apresentado, no polo de João Pessoa/PB, foram formados 103 docentes que hoje praticam efetivamente a inclusão educacional e social.