O Brasil, um país com grande pluralidade étnico-racial, ainda enfrenta grandes barreiras relacionadas a essa temática. No ensino, essas barreiras são ainda maiores, e advém de práticas incorretas das instituições de ensino ao trabalhar a diversidade étnico-racial. A lei no11.645 inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Na prática, é observado o descumprimento desta lei, com pouca ou nenhuma aplicabilidade em sala de aula, e até mesmo, educadores sem preparação para trabalhar essa temática. Para tanto, essa pesquisa é de caráter qualitativo com análise documental, que consistiu em analisar o Projeto Político do Curso (PPC) de Licenciatura em Química do IFRN Campus Apodi. Dentro desse contexto, o trabalho objetivou-se buscar abordagens inclusivas dentro da temática Étnico-racial no conteto das disciplinas. Para tal objetivo, ao analisar o PPC do curso, foi observado que no eixo didático-pedagógico e epistemológico são ofertadas duas disciplinas que tratam da temática em foco, uma delas é Psicologia da Aprendizagem que trata questões voltadas à sociedade, sendo uma delas a diversidade étnico-racial no seminário novos arranjos sociais, familiares e suas implicações na escola. A segunda disciplina é Educação para Diversidade, sendo essa optativa, trazendo em sua base científico-tecnológica as relações étnico-raciais. Portanto, é notório que a abordagem da educação para a diversidade com ênfase nas questões étnico-raciais não se encontra devidamente construída para atender às exigências legais. Isso ocorre devido à escassa discussão desse tema ao longo de um curso com uma duração de quatro anos, acarretando a falta de preparo dos futuros educadores para lidar com abordagens étnico-raciais em ambiente de sala de aula.