É apenas em 1834, com o Ato Adicional aprovado pela Lei nº.16 de 12 de agosto, que a formação de professores passa a ser pensada no Brasil (SAVIANI, 2009), após os períodos Colonial e Imperial em que, respectivamente, bastava-se saber ler, escrever e dominar as escrituras e, posteriormente, sem formação técnica, bastava passar em rígida e burocrática prova para estar habilitado a lecionar. Tal contextualização apresenta o desvalor historicamente construído sobre a identidade e profissionalização da docência. Sendo assim o presente estudo objetivou desvincular o fracasso escolar do senso comum, associando-o à formação docente inicial ao apontar falha na representatividade da disciplina Didática, o grau de significância dos estágios obrigatórios e influência da reforma educacional de 1964 na formação inicial de professores. Com a aprovação do Conselho de Ética em Pesquisa os procedimentos metodológicos se deram em três etapas em caráter misto exploratório: (1) dinâmica; (2) fundamentação teórica; (3) dissertação individual. Os dados foram comparados entre si, cruzados com os dados da literatura enquanto os resultados quantitativos auxiliaram na interpretação dos resultados qualitativos, como sugere Gil (2017). Assim, a pesquisa discute as consequências da falha formação inicial docente nos diferentes saberes do professor como, a exemplo, conceituar, exprimir sentimentos, elencar causas e soluções a despeito da Educação cujos programas de ensino perpetuam a valorização dos conteúdos e não da aprendizagem, do papel do professor e não do aluno com inspiração em tendências pedagógicas não democráticas dentro de cursos que por si só negligenciam a identidade e a profissionalização docente, relacionando intrinsecamente a formação inicial do professor ao fracasso escolar.