Este trabalho tem por objetivo investigar a variação lexical numa perspectiva diatópica nos dados do Projeto Atlas Linguístico do Brasil, doravante ALiB, no que concerne às formas de denominar o filho que nasce por último, item referente à questão 131 do Questionário Semâtico – Lexical do referido Projeto, pertencente à área semântica ciclos da vida. Fundamentando-se nos pressupostos teórico-metodológicos dos estudos de caráter dialetal e da geolingüística pluridimensional, seu método por excelência, observaremos a produtividade das variantes obtidas para o item estudado, assim como a possibilidade de formação de subáreas dialetais para suas variantes. Para tanto, serão consideradas as seleções lexicais de informantes moradores de 38 localidades que constituem a rede de pontos do Projeto ALiB, pontos 150 a 187, os quais são representativos do estado de São Paulo. Os informantes, por sua vez, são divididos entre duas faixas – etárias, a primeira, de 18 a 30 anos, e a segunda, de 50 a 65 anos, divididos, equitativamente, entre homens e mulheres, com escolaridade fundamental completa, sendo quatro em cada localidade, com exceção da capital do Estado, onde são considerados, também, quatro informantes de nível universitário. Com isso, busca-se demonstrar a maior produtividade da variante caçula na fala desses indivíduos, bem como indicar vestígios de uma possível formação de subárea dialetal para a variante raspa do tacho.