A partir da inserção das primeiras experiências com o uso do computador no contexto escolar em meados de 1970, percebeu-se a necessidade de um redimensionamento do papel do professor diante deste novo contexto, e para isso foram implementadas políticas públicas voltadas para a promoção de uma educação digital ao longo de décadas. Assim sendo, esse artigo tem como objetivo geral analisar o processo de implementação das políticas públicas voltadas para a inserção das tecnologias digitais, e como objetivos específicos, a saber: discutir o motivo de possível resistência na utilização de recursos digitais por parte dos docentes no contexto escolar e investigar como as políticas educacionais acontecem no microcampo (escola). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada a partir de artigos disponibilizados em livros e revistas, além de documentos legais vigentes. É importante destacar que os docentes são sujeitos políticos, que fazem parte do microcampo e não devem ser reduzidos a meros implementadores de políticas educacionais. Como resultado de tal investigação, apresentam-se as relações existentes entre a macropolítica e a micropolítica e o reflexo dessas relações na utilização (ou não) das tecnologias digitais no espaço escolar, pois os sujeitos reconfiguram as políticas públicas de acordo com os variados contextos em que estão inseridos e tais políticas não devem ser pensadas e idealizadas para escolas hipotéticas e perfeitas.