Atentos às funções da educação escolar, sua relação com as determinações postas pelas contradições inerentes às relações sociais de produção capitalistas contemporâneas e da chamada Revolução 4.0, o presente texto tem por objetivo demonstrar o antagonismo irreconciliável entre a Pedagogia Histórico-Crítica (PHC) e a Pedagogia de Projetos. Para tanto, analisaremos as propostas do capital para a formação da classe trabalhadora desde o início dos anos de 1990 aos dias atuais. A seguir, ao demonstrarmos que a Pedagogia de Projetos não se constitui como um método novo, mas, que, ao contrário, surge das demandas do próprio desenvolvimento capitalista, defenderemos que, na atualidade, este método apresenta-se amplamente adaptado às novas demandas do capitalismo sob condições de incremento do desemprego e da introdução de novas tecnologias para a produção de mercadorias. Por fim, as diferenças entre os fundamentos da PHC e o método proposto pela Pedagogia de Projetos serão expostos ao assumirmos a lógica dialética de produção de conhecimento, o qual possibilita que a Pedagogia de Projetos seja incorporada e superada pela PHC. Tomamos como referencial teórico-metodológico o materialismo histórico-dialético, fundamento sobre o qual se ergue a PHC nos termos do professor Dermeval Saviani e dos colaboradores que têm se somado aos avanços teórico-práticos desta teoria pedagógica.