CARADE, Hildon Oliveira Santiago. . E-BOOK VII ENESEB... Campina Grande: Realize Editora, 2022. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/87998>. Acesso em: 24/11/2024 19:51
O TRABALHO ENSEJA ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A INTERFACE ENTRE JUVENTUDE E EDUCAÇÃO, A PARTIR DO RELATO DA EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES, NA FAIXA ENTRE 13 E 18 ANOS DE IDADE, EM REGIME DE INTERNATO, DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO. O INTERNATO ESCOLAR É UMA MODALIDADE DE ESCOLARIZAÇÃO QUE DISPONIBILIZA AO INGRESSANTE RESIDÊNCIA E REFEIÇÕES. DEVIDO AO FATO DE O ESTUDANTE PERMANECER INSTITUCIONALIZADO, RESIDINDO, POIS, NO PRÓPRIO LOCAL ONDE É ESCOLARIZADO, A LITERATURA SOBRE O ASSUNTO TENDE A CARACTERIZAR ESTA MODALIDADE DE ENSINO NOS TERMOS DE UMA “INSTITUIÇÃO TOTAL”, CATEGORIA CRIADA POR GOFFMAN, ONDE TODOS OS COMPORTAMENTOS SÃO CONTROLADOS E VIGIADOS POR UM “PODER DISCIPLINAR”, CONFORME FOUCAULT. TAL MIRADA TEM PRIVILEGIADO O DESVELAMENTO DO MODO DE FUNCIONAMENTO DAS INSTITUIÇÕES DE INTERNAMENTO, DEMARCANDO OS SEUS EFEITOS NA PRODUÇÃO DA SUBJETIVIDADE DAQUELES QUE DELAS SE BENEFICIAM. POR OUTRO LADO, ANALISANDO OS ESTUDOS CENTRADOS NAS IDENTIDADES JUVENIS E SUAS DINÂMICAS DE ESCOLARIDADE, A SITUAÇÃO PARECE SER DE OUTRA NATUREZA. ESTAS PESQUISAS APONTAM A ESCOLA COMO UMA INSTÂNCIA QUE É RECORTADA POR VIVÊNCIAS E SOCIABILIDADES TIPICAMENTE JUVENIS TAIS COMO: O PRIMEIRO BEIJO; A PERDA DA VIRGINDADE; E AS LÓGICAS DE AMIZADE E INIMIZADE ENTRE GALERAS E GRUPOS. ASSIM, BUSCA-SE ENTENDER COMO O INTERNATO PODE SER INTERPRETADO NOS TERMOS DE UM ESPAÇO DE RESSIGNIFICAÇÃO DE PRÁTICAS JUVENIS, BEM COMO EM QUE MEDIDA ESTAS PRÁTICAS REORIENTAM OU NÃO O CARÁTER “TOTAL” DESSA INSTITUIÇÃO.