DIANTE DOS CORTES DE VERBAS PARA A EDUCAÇÃO E DO RECRUDESCIMENTO DO DISCURSO SOBRE A SUPOSTA INUTILIDADE DAS CIÊNCIAS HUMANAS, A FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS FOI DIRETAMENTE QUESTIONADA PELOS DOIS PRIMEIROS MINISTROS DA EDUCAÇÃO DO GOVERNO BOLSONARO. TAXADO COMO DILETANTISMO INCAPAZ DE GERAR PROFISSIONAIS PRODUTIVOS OU DE IMPULSIONAR A EMPREGABILIDADE, O CURSO FOI CLASSIFICADO COMO DESPERDÍCIO DE VERBA PÚBLICA, ESPECIALMENTE NO CASO DE UNIVERSIDADES NORDESTINAS. SEM PERDER DE VISTA O COMPONENTE IDEOLÓGICO DESSE ATAQUE, PRETENDEMOS PROPORCIONAR UMA REFLEXÃO FUNDAMENTADA EM DADOS SOBRE A PERTINÊNCIA DA FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS NO INTERIOR DO NORDESTE. PARA TANTO, APRESENTAMOS OS RESULTADOS DE PESQUISA REALIZADA COM OS EGRESSOS DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS DO CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMIÁRIDO (CDSA), CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE LOCALIZADO EM SUMÉ, PEQUENO MUNICÍPIO NO CARIRI PARAIBANO. DE UM TOTAL DE 143 EGRESSOS, 95 (66,43%) RESPONDERAM AO QUESTIONÁRIO DA PESQUISA. A PARTIR DOS DADOS, APRESENTAMOS A PERSPECTIVA DOS LICENCIADOS SOBRE OS IMPACTOS DA FORMAÇÃO EM SUAS VIDAS, CONSIDERANDO, MAS NÃO NOS RESTRINGINDO À ATUAÇÃO PROFISSIONAL. ALÉM DE INSERÇÃO PROFISSIONAL E CONSIDERÁVEL ELEVAÇÃO DE RENDA, A FORMAÇÃO FOI RESPONSÁVEL, SEGUNDO APONTAM, POR FORMAÇÃO CIDADÃ E INTELECTUAL, COM REBATIMENTOS NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL MESMO DAQUELES QUE NÃO TRABALHAM EM ÁREA RELACIONADA ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS.