ESTE TRABALHO DISCUTE AS MUDANÇAS DEFINIDAS PARA O “NOVO” ENSINO MÉDIO BRASILEIRO. O FOCO DA ANÁLISE RECAI SOBRE O ASPECTO QUE DIZ RESPEITO À REFORMA CURRICULAR QUE INSTAURA OS ITINERÁRIOS FORMATIVOS. PARA DAR CONTA DESSE PROPÓSITO, LEVANTAMOS O SEGUINTE PROBLEMA DE PESQUISA: A INSTAURAÇÃO DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS PODE CONTRIBUIR PARA O ALARGAMENTO DAS DESIGUALDADES NO SISTEMA ESCOLAR? PARTIMOS DO PRESSUPOSTO SEGUNDO O QUAL A OFERTA DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS VINCULAR-SE A UMA DAS FUNÇÕES PRÓPRIAS AOS SISTEMAS DE ENSINO, QUAIS SEJAM: A DE REPRODUÇÃO E DE LEGITIMAÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS E ESCOLARES. POR ISSO, DO PONTO DE VISTA DA ABORDAGEM TEÓRICA, FUNDAMENTAMOS O ESTUDO À LUZ DA PERSPECTIVA DOS SOCIÓLOGOS PIERRE BOURDIEU E JEAN CLAUDE-PASSERON. A INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA SUSTENTOU-SE SOB O ENFOQUE DO DOCUMENTO DA LEI 13.415/2017. DIANTE DISSO, ELEGEMOS A TÉCNICA DE PESQUISA ANÁLISE DOCUMENTAL COM O PROPÓSITO DE EXAMINAR A ESTRUTURA DISCURSIVA PRESENTE NA LEI. OS RESULTADOS DA PESQUISA PERMITEM-NOS INFERIR QUE A FUNÇÃO INTRÍNSECA AOS SISTEMAS DE ENSINO DE OCULTAR SUA RELAÇÃO DISSIMULADA COM AS CLASSES SOCIAIS CONECTA-SE AO OBJETIVO, TAMBÉM OCULTO, DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO E DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS, QUAL SEJA: PROPICIAR AOS ESTUDANTES DAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS UMA FORMAÇÃO DIMINUTA CUJO EFEITO É A POSSIBILIDADE DO ALARGAMENTO E NATURALIZAÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS E ESCOLARES.