NO PRESENTE ESTUDO DIALOGAMOS SOBRE AS DIFERENTES PERSPECTIVAS DE ESTUDOS SOBRE INFÂNCIA E A CRIANÇA, REALIZANDO UM RETROSPECTO DAS DIFERENTES VERTENTES, BEM COMO DO CONTEXTO QUE POSSIBILITOU UM TERRENO FÉRTIL PARA O SURGIMENTO DE UM SUJEITO NA PESQUISA, QUE ATÉ ENTÃO, ERA TÃO SOMENTE OBJETO. A ESTAS CONSIDERAÇÕES IREMOS ADENSAR O PENSAMENTO DECOLONIAL, A FIM DE VISUALIZARMOS AS POSSIBILIDADES DESTE ENCONTRO PARA UMA LEITURA SOBRE A DIVERSIDADE DA INFÂNCIA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA. DESTE MODO, ESSE ARTIGO TOCARÁ NOS SEGUINTES PONTOS: I) AS ORIGENS E AS PRINCIPAIS VERTENTES E ABORDAGENS QUANTO AOS ESTUDOS SOBRE A INFÂNCIA E A CRIANÇA; II) O PENSAMENTO DECOLONIAL TOMANDO O SEU CONTEXTO DE ORIGEM, SEUS PRINCIPAIS EXPOENTES INTERCRUZANDO COM AS ATUAIS PESQUISAS SOBRE A INFÂNCIA/CRIANÇA QUE PROCURAM TRANSPOR AS BARREIRAS DA COLONIALIDADE NO QUE SE REFERE A IMPOSIÇÃO DE UM MODELO, UM PADRÃO DO QUE SERIA INFÂNCIA E CRIANÇA E POR FIM III) OS MODOS DE VIDA E EXPERIÊNCIAS DO QUE SERIA INFÂNCIA E CRIANÇA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA, CONSIDERANDO ASPECTOS COMO A PLURALIDADE E A DIVERSIDADE TERRITORIAL E DE SUJEITOS. ESTA PESQUISA EXPLORATÓRIA É DE NATUREZA BIBLIOGRÁFICA, NO QUAL PARTE INICIALMENTE DOS AUTORES CLÁSSICOS DO ESTUDO DA INFÂNCIA/CRIANÇA COMO PHILIPPE ÁRIES (2011), PETER STEARNS (2006), COLIN HEYWOOD (2004), WILLIAM CORSARO (2011) E MANUEL JACINTO SARMENTO (2008), PARA ENTÃO APRESENTARMOS AS ANÁLISES DE ABRAMOWICZ E RODRIGUES (2014), DOURADO (2020) E KUHN JÚNIOR E MELLO (2020). AS DISCUSSÕES QUANTO AOS RESULTADOS E CONCLUSÕES INICIAIS SE DARÃO A PARTIR DA ANÁLISE DE TESES E DISSERTAÇÕES QUE ABORDAM SOBRE O TERRITÓRIO AMAZÔNICO, ASSIM COMO ÀS PESQUISAS QUE TRATAM SOBRE A CRIANÇAS E OS MODOS DE VIVER A INFÂNCIA, COM ESPECIAL ÊNFASE AOS ESTUDOS QUE SE REFEREM A INFÂNCIA MARAJOARA E TOCANTINA. OBSERVAMOS AS IMPORTANTES CONTRIBUIÇÕES DE TEÓRICOS QUE PASSAM A DELINEAR UMA NOVA POSIÇÃO A SUJEITOS SOCIAIS QUE FORAM HISTORICAMENTE EXCLUÍDOS, QUE POSTOS EM UMA POSIÇÃO DE PASSIVOS DIANTE DOS MOVIMENTOS DA HISTÓRIA, PERCEBIDOS COMO SERES MOLDÁVEIS E IMPERFEITO, EM FASE DE "CONSTRUÇÃO", QUE AINDA ESTARIAM POR SE TORNAREM SUJEITOS IDEAIS (ADULTOS), COLABORARAM DE SOBREMANEIRA PARA NOÇÕES QUE INCLUAM O SUJEITO CRIANÇA NUMA PERSPECTIVA DE INCLUSÃO E PROTEÇÃO QUE É AINDA RECENTE E NECESSITA SER FORTALECIDA, CONTUDO, NESTAS TEORIAS E ABORDAGENS AINDA PERMANECE UMA ÓTICA HEGEMÔNICA, COLONIZADORA E EUROCÊNTRICA QUE AINDA SE IMPÕEM EM ANÁLISES, QUE APESAR DE TRATAREM NUMA PERSPECTIVA PLURAL DE INFÂNCIA (INFÂNCIAS) E AINDA ASSIM PERMANECE CENTRADA NUM MODELO DE INFÂNCIA QUE SE IMPÕE ÀS CRIANÇAS AMAZÔNIDAS.