AS CRÍTICAS DESTINADAS AO COMPONENTE CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO, NO SISTEMA PÚBLICO DE
ENSINO BRASILEIRO, SÃO NOTORIAMENTE INFINDÁVEIS. ENTRE AS CRÍTICAS MAIS FERRENHAS ESTÃO TANTO DA
PERSISTÊNCIA DO CARÁTER MORALIZANTE, QUANTO DO CARÁTER DOGMÁTICO NO AMBIENTE ESCOLAR, GERANDO
CONSTANTES ELOCUBRAÇÕES DE INVIABILIDADE DO COMPONENTE. TAIS CARACTERÍSTICAS, HERANÇAS
RELIGIOSAS DA COLONIZAÇÃO, ABARCAM, DE MODO EXPLÍCITO, A DEFICITÁRIA PROBLEMATIZAÇÃO SOBRE A
DIMENSÃO ÉTICA EM UMA ÁREA QUE SE PRETENDE FORMATIVA EDUCACIONALMENTE E RELEVANTE
SOCIALMENTE. O ETHOS RELIGIOSO NÃO PODE SER TOMADO COMO O ORDENADOR DAS DEMANDAS
ORGANIZATIVAS, PRINCIPALMENTE EM UM MUNDO CUJA CARACTERÍSTICA PRINCIPAL É PLURIVERSALIDADE.
CONTRAPONDO TAL PERSPECTIVA, PROPOMOS, NA ESTEIRA DAS RENOVAÇÕES QUE A ÁREA VEM SE DESTINANDO
A DEBATER, REFLETIR SOBRE A DIMENSÃO ÉTICA NA FORMAÇÃO DOCENTE, RESSIGNIFICANDO A UMA ESFERA DE
ATIVIDADE PROFISSIONAL. A IDEIA É REFLETIR SOBRE A ÉTICA COMO DIMENSÃO FORMATIVA NA ÁREA DO ER,
DE MODO URGENTE. AS CONSIDERAÇÕES GERADAS ATÉ O PRESENTE MOMENTO DA PESQUISA VISLUMBRAM A
PROEMINENTE NECESSIDADE DA FORMAÇÃO ÉTICA NO PROCESSO DE PROFISSIONALIZAÇÃO E
PROFISSIONALIDADE DOCENTE, ENQUANTO MARCO DIVISÓRIO ENTRE AS ANTIGAS PERFORMATIVIDADES E OS
NOVOS DISCURSOS APRESENTADOS A PARTIR DO FINAL DO SÉCULO XX. OS DESAFIOS ÉTICOS PASSAM POR UM
REDIMENSIONAMENTO FORMATIVO DO CURRÍCULO E DOS(AS) PROFISSIONAIS DA ÁREA. TAIS PERSPECTIVAS SÃO
NECESSÁRIAS ENQUANTO EXIGÊNCIAS EM PROL DE UMA SOCIEDADE MAIS DEMOCRÁTICA, EMANCIPATÓRIA,
JUSTA E ANTIRRACISTA.