ATRAVÉS DA OBRA DE CAIO FERNANDO ABREU, O “BIÓGRAFO DA EMOÇÃO”, COMO A ESCRITORA BRASILEIRA LYGIA FAGUNDES TELES O INTITULOU, ENCONTRAMOS ENREDOS E PERSONAGENS QUE FOGEM DE UMA ESCRITA HETERONORMATIVA, MAS SEM DEIXAR DE REFLETIR COMO AS PRÓPRIAS IMPLICAÇÕES DA CULTURA HETEROSSEXUAL ACABAM POR REPRIMIR OS AFETOS A PESSOAS LGBTQIA+, TORNANDO O SENTIMENTO COMO ALGO A SER SILENCIADO. CAIO FERNANDO ABREU PUBLICOU TRÊS CONTOS QUE APRESENTAM O ENCONTRO DE PERSONAGENS A TEREM SENTIMENTOS RECÍPROCOS, MAS NÃO SENDO DITO OU OMITIDO POR CONTA DO MEDO. TENDO ISSO EM VISTA, BUSCAMOS ANALISAR COMO O AFETO, ESPECIFICAMENTE A HOMOAFETIVIDADE, IMPLICA NO ESPAÇO DO DITO E NÃO-DITO, POR MEIO DOS CONTOS: “MEIO SILÊNCIO”, “DIÁLOGO” E “UMA HISTÓRIA CONFUSA”, RETIRADOS, RESPECTIVAMENTE, DOS LIVROS INVENTÁRIO DO IR-REMEDIÁVEL (1970), MORANGOS MOFADOS (1982) E OVELHAS NEGRAS (1995). DENTRE O REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO, UTILIZAMOS DE BOSI (2015) E PORTO (2011) PARA ABORDAR O CONTEXTO LITERÁRIO QUE CAIO FERNANDO ABREU ESTAVA INSERIDO, ALÉM DE LOURO (2020) E SEDGWIK (2007) AOS APONTAMENTOS SOBRE SEXUALIDADE E ESTUDOS QUEER.