ESTE TRABALHO CONSISTE NA APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE DUAS PESQUISAS SOBRE MEMÓRIAS E VISIBILIDADES LGBT QUE VÊM SENDO DESENVOLVIDAS HÁ MAIS DE TRÊS ANOS, NO ÂMBITO DO DEPTO. DE ARTES E DESIGN DA PUC-RIO E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES PARCEIRAS. UMA DESSAS PESQUISAS INTITULA-SE “NO TEMPO DO GAIVOTA: MEMÓRIAS E VISIBILIDADES LÉSBICAS”, E VEM SE DESENVOLVENDO ATRAVÉS DE UM PROGRAMA DE COLETA DE DEPOIMENTOS ORAIS E AUDIOVISUAIS DE EX-FREQUENTADORAS/ES DA CASA NOTURNA “GAIVOTA QUE EXISTIU NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO ENTRE 1976 E 1999 ; A OUTRA CHAMA-SE TROPICUIR E CONSISTE EM UM ARQUIVO DE VISIBILIDADES E MANIFESTAÇÕES LGBT, CONSTRUÍDO ATRAVÉS DE UMA SÉRIE DE AÇÕES DE CURADORIA PRATICADAS EM INTERAÇÃO COM COLETIVOS LIGADOS A MOVIMENTOS SOCIAIS, TRANSCORRIDAS PRINCIPALMENTE ENTRE 2013 E 2019. AMBAS AS PESQUISAS CONVERGEM NA PROPOSIÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE UM “DISPOSITIVO DE MEMÓRIAS E VISIBILIDADES SAPATÔNICAS E TRANSVIADAS” COMO ESTRATÉGIA DE RESISTÊNCIA AOS DISPOSITIVOS NORMATIVOS QUE PROMOVEM, DE DIFERENTES MANEIRAS, O APAGAMENTO DAS VIDAS E DAS VISIBILIDADES DESVIANTES. ESTAS PESQUISAS TOMAM POR REFERÊNCIA E INTERLOCUÇÃO TEÓRICA A NOÇÃO DE DISPOSITIVO AVANÇADA POR MICHEL FOUCAULT, OS TRABALHOS DE MEMORIALISTAS E ARQUIVISTAS LGBT, OS ESTUDOS FEMINISTAS E QUEER, A POÉTICA BARTHESIANA DO VIVER-JUNTO E OS TEXTOS DE WALTER BENJAMIN, JEANNE-MARIE GAGNEBIN E KATIA MURICY SOBRE EXPERIÊNCIA, MEMÓRIA E ESQUECIMENTO.