ESTE TRABALHO ANALISA SIGNIFICADOS CULTURAIS DA BISSEXUALIDADE NA REPRESENTAÇÃO DO FILME MINHA MÃE É UMA PEÇA 2 E CONSTRÓI RELAÇÕES CRÍTICAS COM A LUTA POR RECONHECIMENTO DESTE GRUPO. DESTACAMOS A AUTORA SHIRI EISNER (2013) COM SEUS CONCEITOS AO REDOR DO TEMA DA BISSEXUALIDADE E OS AUTORES STUART HALL (2016) E AXEL HONNETH (2009) PARA COMPREENDER OS CONCEITOS DE REPRESENTAÇÃO E RECONHECIMENTO, RESPECTIVAMENTE. ABORDAMOS A REPRESENTAÇÃO COMO PROPOSITIVA E CIRCULADORA DE SIGNIFICADOS QUE AUXILIAM NA FORMAÇÃO DOS CONCEITOS ACERCA DA BISSEXUALIDADE E, POR CONSEQUÊNCIA, NO TRATAMENTO QUE RECEBE NO COTIDIANO. ESTES SIGNIFICADOS CULTURAIS DA BISSEXUALIDADE — MUITAS VEZES MOLDADOS PELOS ESTEREÓTIPOS — PODEM CONTRIBUIR PARA A MARGINALIZAÇÃO E O APAGAMENTO DESTE GRUPO. ANALISAMOS O FILME MINHA MÃE É UMA PEÇA 2 (2016) ATRAVÉS DAS CENAS QUE MENCIONAM A BISSEXUALIDADE DA PERSONAGEM JULIANO (RODRIGO PANDOLFO) E DA FORTUNA CRÍTICA DO PRODUTO AUDIOVISUAL. OBSERVAMOS EM MINHA MÃE É UMA PEÇA 2 A AUSÊNCIA DE RELAÇÕES COM A LUTA POR RECONHECIMENTO DA BISSEXUALIDADE E O USO DE ESTEREÓTIPOS E TENTATIVAS DE APAGAMENTO BISSEXUAL COMO UM DOS PRINCIPAIS ARTIFÍCIOS CÔMICOS DO FILME. CONSIDERAMOS A PRESENÇA DESTACADA DE EXIGÊNCIAS POR REPRESENTAÇÕES MIDIÁTICAS NA LUTA POR RECONHECIMENTO DA BISSEXUALIDADE, MAS TAMBÉM TRAZEMOS AS CRÍTICAS QUE APONTAM OS LIMITES DA LUTA POR RECONHECIMENTO COMO UM TODO, TENSIONANDO A LUTA E PROPONDO UM HORIZONTE RADICAL EM SUAS POLÍTICAS.