ESTA COMUNICAÇÃO PARTE DA TESE INTITULADA “SOMOS TODXS ESTRELAS PORNÔ?”: A PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES-VITRINE NO CINE MAJESTICK (FORTALEZA/CE), DEFENDIDA NO DOUTORADO EM SOCIOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR), EM 2018. FUNDAMENTADA POR DOIS ANOS E MEIO DE CAMPO, QUATORZE ENTREVISTAS E PELO QUE PROBLEMATIZEI COMO METODOLOGIA DESEJANTE, DISCUTO OS AGENCIAMENTOS PORNOGRÁFICOS NESSE CINEMÃO SITUANDO MINHA POSIÇÃO DE PESQUISADORA MULHER, CIS, BRANCA, NORDESTINA E CLASSE MÉDIA, ALÉM DE ELABORAR UMA CRÍTICA, ADVINDA DO CAMPO, SOBRE A COLONIZAÇÃO DO CORPO DXS PESQUISADORXS DAS SEXUALIDADES - PRINCIPALMENTE DA PESQUISADORA -, QUE DESCARTA OS DESEJOS COMO PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO. A “VITRINE” - PERPASSADA PELAS REDES PORNOTÓPICAS DOS CINEMÕES, AS QUAIS ENGLOBAM VARIADAS CORPORALIDADES, ARQUITETURAS, MORALIDADES, CHEIROS, FLUIDOS, GRADAÇÕES DE LUZ, SONS, SUBSTÂNCIAS DIVERSAS E OUTROS TIPOS DE ESTIMULANTES – DIZ RESPEITO À ESPETACULARIZAÇÃO DAS SEXUALIDADES EM DETERMINADOS ESPAÇOS, COMO NOS CINEMAS PORNÔ DE FORTALEZA, PRODUZINDO ESTRELAS-PORNÔ QUE NÃO SE LIMITAM A ATRIZES E ATORES DAS PELÍCULAS PORNOGRÁFICAS. NÃO HÁ A INTENÇÃO DE ATRELAR A PORNOGRAFIA À TOTAL SUBVERSÃO DE VALORES SEXUAIS MORALMENTE ACEITOS (JÁ QUE MUITAS VEZES OS RATIFICA), MAS DE INTERPELAR QUE TIPO DE PORNOGRAFIA (HISTORICAMENTE ASSOCIADA AO GOZO OBSCENO) É AGENCIADA NESSES ESPAÇOS QUE SE APRESENTAM NO CENTRO DA CIDADE DE FORTALEZA COMO “CINEMÕES”, COM ÊNFASE NO CINE MAJESTICK.