O PRESENTE TEXTO, BUSCA TRAZER ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES AO DEBATE SOBRE A QUESTÃO DA MORADIA, ANALISANDO AS ESPECIFICIDADES DOS PROCESSOS DE OCUPAÇÃO QUE OCORRERAM ANTES E APÓS O INÍCIO DA PANDEMIA. PARA TANTO, ESTUDAMOS ESSE PROCESSO EM 3 ÁREAS DIFERENTES, EXISTENTES NOS BAIRROS CRUZEIRO E JARDIM PAULISTANO. A METODOLOGIA DA PESQUISA DE CARÁTER QUALITATIVO, FOI PAUTADA EM PESQUISAS DE CAMPO, ANÁLISE DE IMAGENS DE SATÉLITE E APLICAÇÃO DE ENTREVISTAS E QUESTIONÁRIOS. DESSE MODO, FOI POSSÍVEL RECONSTRUIR BREVEMENTE A FORMAÇÃO DAS COMUNIDADES “ZEIS INVASÃO DO PELOURINHO”, “COMUNIDADE DO DISTRITO DOS MECÂNICOS” E A “OCUPAÇÃO PRÓ-MORADIA LUIZ GOMES”. A PARTIR DESSA METODOLOGIA, CARACTERIZAMOS O ESPAÇO DA MORADIA, E TRAÇAMOS UM PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS MORADORES DE CADA ÁREA, ONDE PÔDE SER OBSERVADO QUE, MESMO AS ÁREAS RECONHECIDAS COMO ZEIS, NÃO POSSUÍAM REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA, APRESENTANDO UMA SÉRIE DE PROBLEMAS URBANÍSTICOS E SOCIAIS. TAMBÉM FOI POSSÍVEL OBSERVAR, QUE O PROCESSO DE OCUPAÇÃO NOS BAIRROS ESTUDADOS JÁ ACONTECIA DESDE OS ANOS 1985, NO ENTANTO, COM O INÍCIO DA PANDEMIA DE COVID-19, ISSO SE INTENSIFICA, TOMANDO UM NOVO CONTEÚDO. POR FIM, CONSTATAMOS QUE ESSAS COMUNIDADES SE CONSTITUÍRAM EM ÁREAS DE RISCO E SÃO MARCADAS FORTEMENTE PELAS DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS E PELA INJUSTIÇA SOCIAL.