O PRESENTE TRABALHO CONSISTE EM INVESTIGAR A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DO “ALUNO-PROBLEMA” A PARTIR
DOS DISCURSOS QUE, AO LONGO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR, BUSCARAM EXPLICAR OS ALTOS ÍNDICES DE
EVASÃO E REPROVAÇÃO DOS ALUNOS. DESTA FORMA, CARACTERIZA-SE COMO UMA PESQUISA DESCRITIVA E DE
CUNHO BIBLIOGRÁFICO, TENDO POR BASE LIVROS, CAPÍTULOS DE LIVRO E ARTIGOS DE PERIÓDICOS QUE TRATASSEM
SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO “ALUNO-PROBLEMA”. ESSAS FONTES, EM GERAL, ABORDAVAM TEMÁTICAS INTERRELACIONADAS SOBRE A RELAÇÃO ESCOLA-SOCIEDADE, O FRACASSO ESCOLAR E A FORMAÇÃO DOCENTE. OS
RESULTADOS ENCONTRADOS NOS MOSTRAM QUE ATÉ A DÉCADA DE 1980, AS EXPLICAÇÕES DADAS AO FRACASSO
ESCOLAR ERAM DE CUNHO BIOLÓGICO, SOCIAL E PSICOLÓGICO. O MALOGRO EDUCACIONAL ERA COLOCADO COMO
UMA RESPONSABILIDADE DOS ALUNOS QUE NÃO CONSEGUIRAM SE ADAPTAR À ESTRUTURA DA ESCOLA, POIS ERAM
PROVENIENTES DAS CLASSES SOCIAIS MAIS POBRES, QUE NÃO TINHAM CONDIÇÕES DE OFERTAR OS CUIDADOS
BÁSICOS E O ACESSO À CULTURA CONSIDERADA COMO IDEAL PELA CLASSE DOMINANTE. A ESCOLA SERIA VÍTIMA
DE UMA CLIENTELA “INADEQUADA”. A PARTIR DESSES DISCURSOS, FOI SE CONSTRUINDO A IMAGEM DE UM TIPO
DE ALUNO QUE AINDA TEM REPERCUSSÕES NO COTIDIANO ESCOLAR.