ESTE ARTIGO SE PROPÕE A PROBLEMATIZAR A FORMA COMO A CRÍTICA LITERÁRIA INVESTIU NA CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DO ESCRITOR MACHADO DE ASSIS EM RELAÇÃO A SUA ETNIA E AOS ASPECTOS ANALÍTICOS DE SUAS OBRAS NO QUE CONCERNE ÀS QUESTÕES QUE ENVOLVEM AS PROBLEMÁTICAS VOLTADAS PARA OS NEGROS NA SOCIEDADE DO SÉCULO XIX. A PESQUISA BUSCA AVALIAR A FORMA COMO O ENSINO DA LITERATURA BRASILEIRA NAS ESCOLAS E UNIVERSIDADES TEM DISCUTIDO ESTAS QUESTÕES E QUAL O NÍVEL DE PERMANÊNCIA OU RESSIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS PRECONCEITUOSAS E ESCAMOTEADORAS DA DISSEMINAÇÃO DA LITERATURA DE ESCRITORES NEGROS E DAS TEMÁTICAS QUE ENVOLVEM O PROCESSO DE FORMAÇÃO DA IDENTIDADE NEGRA. OS REFERENCIAIS TEÓRICOS FAZEM PARTE DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA REALIZADA SOBRE PARTE DA CRÍTICA LITERÁRIA E BIOGRÁFICA DE ESTUDOS VOLTADOS PARA A ESCRITA MACHADIANA, E DE OBSERVAÇÕES DE FATOS OCORRIDOS NO PAÍS NA OCASIÃO DA COMEMORAÇÃO DOS 180 ANOS DO ESCRITOR. A CRÍTICA DE TEÓRICOS DA LITERATURA, SEMIOLOGIA E CULTURA COMO WERNEK (1996), CANDIDO (1985), BOSI (1992), BHABHA (1998), FANON (1983) E BARTHES (1987) MAPEIAM OS PONTOS DE FUGA PARA A ELABORAÇÃO DE OUTROS OLHARES E NOVAS PRÁTICAS EM RELAÇÃO AOS TEXTOS ESCRITOS POR MACHADO DE ASSIS, NA TENTATIVA DE APONTAR NOVOS CAMINHOS PARA O ENSINO DA LITERATURA, AO CONSIDERAR A RELEVÂNCIA E SIGNIFICAÇÃO DOS TEXTOS MACHADIANOS QUE RETRATAM A SOCIEDADE PRECONCEITUOSA E RACISTA DE SUA ÉPOCA, MAS QUE, NÃO POR ACASO, SOBREVIVE AOS NOSSOS DIAS.