A ESCOLA COMO DISPOSITIVO DE CIDADANIA, PRECISA QUESTIONAR COMO AS ESTRUTURAS SOCIAIS DE OPRESSÃO INFLUENCIAM O TRABALHO PEDAGÓGICO E DE QUAL FORMA A PRÓPRIA INSTITUIÇÃO ESTÁ CONTRIBUINDO PARA FORTALECÊ-LAS. AS HIERARQUIAS DE GÊNERO, POR EXEMPLO, PERPASSAM O OLHAR DAS/OS DOCENTES REPERCUTINDO NOS DISCURSOS, ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS, DELIMITAÇÃO DOS BRINQUEDOS/BRINCADEIRAS, EXPECTATIVAS DIFERENCIADAS DE COMPORTAMENTO E APRENDIZAGEM VALIDANDO UMA EDUCAÇÃO SEXISTA, GERADORA DE DESIGUALDADES. A FORMAÇÃO DOCENTE NESSE ASPECTO, DEVE OFERECER ESPAÇOS FORMATIVOS COM ÊNFASE EM ESTRATÉGIAS QUE POSSIBILITEM ÀS/AOS PROFESSORAS/ES INTERVIREM NOS SISTEMAS SOCIAIS DE OPRESSÃO. DADA À IMPORTÂNCIA DE UNIR AS PRÁTICAS PROFISSIONAIS ÀS PRÁTICAS SOCIAIS, ESTE TRABALHO DISCUTE A INTERVENÇÃO REALIZADA COM 08 PROFESSORAS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL LOCALIZADA NO INTERIOR DA BAHIA. O OBJETIVO GERAL DOS ENCONTROS FOI O DE PROMOVER VIVÊNCIAS EM GRUPO PARA POSSIBILITAR O DESENVOLVIMENTO DE UMA POSTURA CRÍTICA EM RELAÇÃO AOS PROCESSOS DE NATURALIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS SOCIAIS DE GÊNERO. NO TOCANTE AOS ASPECTOS METODOLÓGICOS FORAM UTILIZADAS AS OFICINAS PEDAGÓGICAS E COMO DISPOSITIVO PARA AS DISCUSSÕES FORAM USADOS VÍDEOS, LETRAS DE MÚSICAS, RELATOS DE CASOS E DINÂMICAS. NAS OFICINAS AS PROFESSORAS COMPARTILHARAM EXPERIÊNCIAS ALARGANDO A NOÇÃO SOBRE O “PESSOAL E O POLÍTICO”. CITARAM E QUESTIONARAM DISCURSOS CURRICULARES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, PROBLEMATIZARAM CULTURAS ESCOLARES, DISCURSOS E DISPOSITIVOS PEDAGÓGICOS (LIVROS, CANTIGAS DE RODA, ETC.). AS PROFESSORAS A PARTIR DAS CONTRADIÇÕES EM SUAS FALAS E TROCAS DE EXPERIÊNCIAS, PUDERAM CONFRONTAR E QUESTIONAR VERDADES DITAS COMO ÚNICAS E CRISTALIZADAS EM NOSSA CULTURA, POSSIBILITANDO A AMPLIAÇÃO DO OLHAR SOBRE OS PROCESSOS DE DIFERENÇA INCENTIVANDO A DESCONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS SEXISTAS.