ESTE ARTIGO SE INSCREVE NO DEBATE PROMOVIDO PELO CENEDU 2019, QUE APRESENTA A NECESSIDADE DE DISCUTIR A AVALIAÇÃO, ENQUANTO POLÍTICAS E PRÁTICAS, VISANDO PROMOVER A INTEGRAÇÃO ENTRE CULTURAS, SUJEITOS E PRÁTICAS NO CENÁRIO EDUCACIONAL. A PARTIR DO PROJETO DE PESQUISA QUE SE PROPÕE A REFLETIR SOBRE O MODELO DE INCLUSÃO DE PESSOAS SURDAS NA EDUCAÇÃO FORMAL DO BRASIL , ESTE RECORTE PROPÕE DISCUTIR O PROCESSO DE AVALIAÇÃO ESCOLAR EM MEIO A EDUCAÇÃO INCLUSIVA, DIALOGANDO SOBRE OS PRESSUPOSTOS POLÍTICOS, HISTÓRICOS E SOCIAIS DAS DUAS ÁREAS – QUE TORNAM-SE UMA NO COTIDIANO DA ESCOLA. CONSIDERA-SE A INCLUSÃO POR SI SÓ UM PARADOXO DO CENÁRIO EDUCACIONAL BRASILEIRO. NO CASO DO SUJEITO SURDO, ESTE PARADOXO É ACRESCIDO PELA BARREIRA SIGNIFICATIVA DA DIFERENÇA LINGUÍSTICA. ISTO PORQUE COLOCAR UM SUJEITO SURDO NUMA CLASSE DE OUVINTES NÃO GERA NECESSARIAMENTE INCLUSÃO. ENTRETANTO, CONSTRUIR ESCOLAS ESPECIFICAS REMETE AO SISTEMA SEGREGADOR DA EDUCAÇÃO DITA ESPECIAL. ENTÃO O QUE FAZER COM OS SUJEITOS SURDOS? A PARTIR DESTA INTERROGAÇÃO PASSEAMOS PELA LITERATURA, VISANDO TRAÇAR UM PANORAMA DO CARÁTER UNIVERSALISTA E OPRESSOR DA ESCOLA, CRIADO HISTORICAMENTE NO DISCURSO IDEALIZADO DO ALUNO E NA SUA CONSEQUENTE DOCILIZAÇÃO. POSTERIORMENTE, PROCURA-SE OS SIGNIFICADOS DA CULTURA SURDA, ESPECIALMENTE ENQUANTO UMA MINORIA LINGUÍSTICA, PARA ASSIM APRESENTAR A ESCOLA BILÍNGUE COMO POSSIBILIDADE DE APREENSÃO INTERCULTURAL DA EDUCAÇÃO EFETIVA PARA ESSA POPULAÇÃO. POR FIM, PERCEBEMOS A AÇÃO NORMALIZADORA DO DISCURSO INCLUSIVO, QUE DESCONSIDERA AS DIFERENÇAS, AO FORÇAR QUE TODOS ESTEJAM NA MESMA SALA DE AULA, MESMO SE ESTA ESTRATÉGIA IMPEDE O DESENVOLVIMENTO E A APRENDIZAGEM DE CADA SUJEITO SINGULAR.