ESTE TRABALHO APRESENTA UMA ANÁLISE JUSLITERÁRIA DA OBRA TEREZA BATISTA CANSADA DE GUERRA (1972), DO ESCRITOR BRASILEIRO JORGE AMADO. A NARRATIVA DESPERTA INTERESSE DESSE CAMPO DE ESTUDO INTERDISCIPLINAR PORQUE EXPRESSA A CONDIÇÃO SOCIAL DE MENINAS-MULHERES NORDESTINAS, ESPOLIADAS, SEM VISIBILIDADE SOCIAL, SEM HISTORICIZAÇÃO DE SUAS LUTAS, FRENTE A AMBIENTES INÓSPITOS, DO PONTO DE VISTA DE QUALIDADE DE VIDA, DE DIREITOS HUMANOS, DE ACOLHIMENTO SOCIAL. O ESTUDO SE PROPÕE A RESSALTAR A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA COMO VEÍCULO CAPAZ DE ROMPER COM DISCURSOS OUTORGADOS POR UMA TRADIÇÃO SOCIOJURÍDICA PATRIARCAL E PRECONCEITUOSA E, AINDA, COMO RECURSO PARA PROMOVER CONSCIÊNCIA CRÍTICA SOCIAL E POLÍTICA. A NARRATIVA DE AMADO É DOCUMENTO LITERÁRIO QUE DESCORTINA COM CRITICIDADE SISTEMAS JURÍDICOS SEXISTAS E A NEGLIGÊNCIA DO PODER JURÍDICO-ESTATAL NA PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA ÀS MULHERES DESAMPARADAS E VULNERÁVEIS - GRUPO SOCIAL SECULARMENTE DESPRESTIGIADO E SILENCIADO NA SOCIEDADE BRASILEIRA. A OBRA APRESENTA AS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS PELA PROTAGONISTA, TEREZA BATISTA, PERSONAGEM HOMÔNIMA, E ABRE ESPAÇO PARA UM DEBATE JURÍDICO SOBRE A EXPLORAÇÃO E O DESAMPARO DAS MENINAS-MULHERES DESVALIDAS, A PRIVAÇÃO DA LIBERDADE E A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA. PARA ALCANÇAR OS RESULTADOS PROPOSTOS, A PESQUISA SE APOIA NA CORRENTE TEÓRICA DO DIREITO NA LITERATURA, LINHA INVESTIGATIVA QUE ADOTA O TEXTO LITERÁRIO COMO UM APORTE CRÍTICO PARA QUESTIONAR E CONTESTAR O OLHAR QUE O DIREITO E O ESTADO LANÇAM AOS GRUPOS SOCIALMENTE EXCLUÍDOS, MARGINALIZADOS.