A IMPOSIÇÃO DE UMA LINEARIDADE ENTRE SEXO BIOLÓGICO, GÊNERO E SEXUALIDADE, É UMA DAS NORMAS SOCIAIS MAIS MARCANTES DENTRO DE SOCIEDADES BINARISTAS OCIDENTAIS. CORPOS COM VAGINA, MESMO ANTES DO NASCIMENTO, SÃO “AUTOMATICAMENTE” CATEGORIZADOS COMO MULHERES, CORPOS COM PÊNIS, HOMENS. NESTE CONTEXTO, A HETERONORMATIVIDADE, ATUA COMO UM REGIME POLÍTICO QUE DITA QUE A ÚNICA SEXUALIDADE “SADIA” É A HETEROSSEXUALIDADE, EXCLUINDO E MARGINALIZANDO GRUPOS SOCIAIS QUE FOGEM DESTE PADRÃO HEGEMÔNICO DE SEXUALIDADE. ASSIM, O PRESENTE TEXTO, TEM COMO INTUITO, ATRAVÉS DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA, TRAZER UM BREVE RESGATE HISTÓRICO E TEÓRICO DO GÊNERO E DA SEXUALIDADE ENQUANTO CATEGORIAS CONSTRUÍDAS SOCIALMENTE. O APORTE TEÓRICO AQUI UTILIZADO, SE CONCENTRA, ESPECIALMENTE, NOS ESTUDIOSOS DA TEORIA QUEER, COMO: JUDITH BUTLER, BERENICE BENTO, GUACIRA LOPES LOURO E RICHARD MISKOLCI. A PARTIR DA TRAJETÓRIA HISTÓRICA DOS ESTUDOS FEMINISTAS/DE GÊNERO E DA EPISTEMOLOGIA QUEER, CONCLUÍMOS QUE OS DISCURSOS CONSTRUÍDOS AO REDOR DO GÊNERO E DA SEXUALIDADE, DENTRO DA VISÃO OCIDENTAL E JUDAICO-CRISTÃ DE SOCIEDADE, CRIA UMA VISÃO ENVIESADA DE CIDADANIA, NOS FAZENDO PERCEBER QUE TAL CONCEITO É FALHO, POIS NÃO CONTEMPLA OS CORPOS QUE TRANSGRIDEM A NORMA HETEROSSEXUAL E BINÁRIA DE GÊNERO, TORNANDO-OS, ASSIM, “MENOS CIDADÃOS”.