NO PARKOUR, ATIVIDADE DE AVENTURA, OS HOMENS SÃO PREDOMINANTES E, JUNTO ÀS MULHERES, COMPARTILHAM O MESMO ESPAÇO DE PRÁTICA. FRENTE ESSE CENÁRIO, ESTA PESQUISA ANALISA A CONSTITUIÇÃO DOS ESPAÇOS DE TREINO DO PARKOUR POR MULHERES E HOMENS PRATICANTES, NA PERSPECTIVA DAS RELAÇÕES DE GÊNERO. TRATA-SE DE UMA INVESTIGAÇÃO EXPLORATÓRIA EFETIVADA A PARTIR DE ENTREVISTAS COM 16 PRATICANTES (8 MULHERES E 8 HOMENS CIS) E OBSERVAÇÕES NÃO-PARTICIPANTES DURANTE TREINOS EM AMARGOSA (BA) E RECIFE (PE). OS DADOS FORAM ANALISADOS POR MEIO DO SOFTWARE IRAMUTEQ E PELO MÉTODO FENOMENOLÓGICO, DERIVANDO DUAS CATEGORIAS: 1) A HEGEMONIA DOS HOMENS NO PARKOUR; 2) DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS MULHERES NOS ESPAÇOS DE TREINO. AS EVIDÊNCIAS APONTAM E ILUSTRAM AS DIFERENÇAS COMO HOMENS E MULHERES ATUAM E OCUPAM OS ESPAÇOS DE TREINO, DISTRIBUÍDOS EM DÓIS POLOS, NO QUAL UM REPRESENTA O PODER/DOMINAÇÃO SOBRE OS ESPAÇOS E O OUTRO REFERENTE À POUCA RESISTÊNCIA DAS MULHERES NESSE CONTEXTO. A ATUAÇÃO DOS HOMENS NOS TREINOS FOI ASSOCIADO À PERFORMANCE DE MAIOR PARTICIPAÇÃO E ATIVIDADE EM RELAÇÃO ÀS MULHERES. OBSERVAMOS QUE AS CONSTRUÇÕES CULTURAIS ASSOCIADAS À MASCULINIDADE E À FEMINILIDADE LEGITIMAM UM “PODER” AOS PRATICANTES PARA SE APROPRIAR E GERENCIAR ESSES ESPAÇOS, REFORÇANDO RELAÇÕES E PAPÉIS HEGEMÔNICOS DE GÊNERO, UMA VEZ QUE AS MULHERES NA MODALIDADE VIVENCIAM A EXCLUSÃO E A FALTA E DISPUTA POR ESPAÇO.