Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

DISPONIBILIDADE DE RECURSOS IMPLICA EM DIVERSIDADE DE ESPÉCIES?

Palavra-chaves: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA, RIQUEZA DE BORBOLETAS, SEMIÁRIDO BRASILEIRO Pôster (PO) AT17 - Interdisciplinaridade e Semiárido
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      As borboletas, assim como todos os organismos vivos, dependem de recursos alimentares para manutenção e sobrevivência de suas populações. A sua distribuição e permanência nos habitats é influenciada pela presença e abundância de recursos alimentares fatores ambientais que afetam a vegetação e heterogeneidade das fontes alimentares. Com isso, a distribuição dos organismos dentro de uma população dependerá da localização dos recursos essenciais a sua sobrevivência (CAIN et al. 2012). Com isso, objetivamos entender como a disponibilidade de recursos influencia na diversidade de borboletas. A hipótese é que áreas com maior disponibilidade de recursos alimentares abrigam comunidades com maior biodiversidade de borboletas. O estudo foi conduzido em duas fitofisionomias da caatinga. Na fitofisionia 1 (F1) a composição é espécies arbóreas, com um dossel fechado, enquanto que fitofisionomia 2 (f2) apresenta espécies arbóreas e arbustivas (predominância), com dossel mais aberto em relação a F1. Ambas áreas apresentam 420 metros e nestas foram realizadas três buscas ativas com duração de 30 a 45 minutos. As amostragens ocorreram pela manhã (quatro buscas/ 9 ás 10 e 10ás 11 horas) e tarde (duas/ 14 ás 15 hs). A riqueza local de espécies de borboletas foi considerada através do número observado de espécies presentes na área. Com o intuito de avaliar se havia diferença na riqueza de borboletas entre as áreas amostradas utilizamos um teste-t. A disponibilidade de recursos foi quantificada através do número de flores e inflorescências em floração. Para avaliar se havia relação entre riqueza de borboletas e abundância de recursos disponíveis fizemos uma correlação simples linear. \r\n
      Os resultados mostram um total de indivíduos amostrados, pertencentes a 31 espécies, das quais 11 estavam presentes em ambas as áreas, ou seja 35% das espécies. Em F1 a riqueza de borboletas foi de 25 e em F2 17 spp. O resultado do teste-t demostrou que não há diferença significativa da riqueza de borboletas entre as áreas amostradas (P= 0,188; Normalidade= 0,231). A quantidade de recursos disponíveis na T1 foi de 2395 flores abertas, em T2 correspondeu a 1224. A espécie mais abundante em T1 foi o Croton sonderianus (1000 indivíduos), seguido da Commelina erecta (159 indivíduos). Para T2, foram a Neptunia plena, Pityrocarpa moniliformis e Lantana câmara, 1251, 319 e 270 indivíduos, respectivamente. O resultado da correlação demostrou que não existem relações significativas entre as variáveis riqueza de borboletas e abundância de recursos, com p=0,050. O resultado da correlação entre a riqueza de borboletas e abundância de recursos demostra um coeficiente de correlação baixo. Essa baixa correlação pode estar associada a alta disponibilidade de recursos na área de estudo. A pesquisa foi realizada em período chuvoso e devido a isso os recursos estavam disponíveis em toda parte, assim as borboletas podiam se dispersar para vários habitats com presença de recursos. Na estação chuvosa a Caatinga aumenta significativamente sua biomassa vegetal, este aumento representa um aumento nos recursos para as espécies, entre elas as borboletas, onde a variação espacial de recursos alimentares pode determinar sua dispersão.
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      Os resultados mostram um total de indivíduos amostrados, pertencentes a 31 espécies, das quais 11 estavam presentes em ambas as áreas, ou seja 35% das espécies. Em F1 a riqueza de borboletas foi de 25 e em F2 17 spp. O resultado do teste-t demostrou que não há diferença significativa da riqueza de borboletas entre as áreas amostradas (P= 0,188; Normalidade= 0,231). A quantidade de recursos disponíveis na T1 foi de 2395 flores abertas, em T2 correspondeu a 1224. A espécie mais abundante em T1 foi o Croton sonderianus (1000 indivíduos), seguido da Commelina erecta (159 indivíduos). Para T2, foram a Neptunia plena, Pityrocarpa moniliformis e Lantana câmara, 1251, 319 e 270 indivíduos, respectivamente. O resultado da correlação demostrou que não existem relações significativas entre as variáveis riqueza de borboletas e abundância de recursos, com p=0,050. O resultado da correlação entre a riqueza de borboletas e abundância de recursos demostra um coeficiente de correlação baixo. Essa baixa correlação pode estar associada a alta disponibilidade de recursos na área de estudo. A pesquisa foi realizada em período chuvoso e devido a isso os recursos estavam disponíveis em toda parte, assim as borboletas podiam se dispersar para vários habitats com presença de recursos. Na estação chuvosa a Caatinga aumenta significativamente sua biomassa vegetal, este aumento representa um aumento nos recursos para as espécies, entre elas as borboletas, onde a variação espacial de recursos alimentares pode determinar sua dispersão.
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

As borboletas, assim como todos os organismos vivos, dependem de recursos alimentares para manutenção e sobrevivência de suas populações. A sua distribuição e permanência nos habitats é influenciada pela presença e abundância de recursos alimentares fatores ambientais que afetam a vegetação e heterogeneidade das fontes alimentares. Com isso, a distribuição dos organismos dentro de uma população dependerá da localização dos recursos essenciais a sua sobrevivência (CAIN et al. 2012). Com isso, objetivamos entender como a disponibilidade de recursos influencia na diversidade de borboletas. A hipótese é que áreas com maior disponibilidade de recursos alimentares abrigam comunidades com maior biodiversidade de borboletas. O estudo foi conduzido em duas fitofisionomias da caatinga. Na fitofisionia 1 (F1) a composição é espécies arbóreas, com um dossel fechado, enquanto que fitofisionomia 2 (f2) apresenta espécies arbóreas e arbustivas (predominância), com dossel mais aberto em relação a F1. Ambas áreas apresentam 420 metros e nestas foram realizadas três buscas ativas com duração de 30 a 45 minutos. As amostragens ocorreram pela manhã (quatro buscas/ 9 ás 10 e 10ás 11 horas) e tarde (duas/ 14 ás 15 hs). A riqueza local de espécies de borboletas foi considerada através do número observado de espécies presentes na área. Com o intuito de avaliar se havia diferença na riqueza de borboletas entre as áreas amostradas utilizamos um teste-t. A disponibilidade de recursos foi quantificada através do número de flores e inflorescências em floração. Para avaliar se havia relação entre riqueza de borboletas e abundância de recursos disponíveis fizemos uma correlação simples linear. Os resultados mostram um total de indivíduos amostrados, pertencentes a 31 espécies, das quais 11 estavam presentes em ambas as áreas, ou seja 35% das espécies. Em F1 a riqueza de borboletas foi de 25 e em F2 17 spp. O resultado do teste-t demostrou que não há diferença significativa da riqueza de borboletas entre as áreas amostradas (P= 0,188; Normalidade= 0,231). A quantidade de recursos disponíveis na T1 foi de 2395 flores abertas, em T2 correspondeu a 1224. A espécie mais abundante em T1 foi o Croton sonderianus (1000 indivíduos), seguido da Commelina erecta (159 indivíduos). Para T2, foram a Neptunia plena, Pityrocarpa moniliformis e Lantana câmara, 1251, 319 e 270 indivíduos, respectivamente. O resultado da correlação demostrou que não existem relações significativas entre as variáveis riqueza de borboletas e abundância de recursos, com p=0,050. O resultado da correlação entre a riqueza de borboletas e abundância de recursos demostra um coeficiente de correlação baixo. Essa baixa correlação pode estar associada a alta disponibilidade de recursos na área de estudo. A pesquisa foi realizada em período chuvoso e devido a isso os recursos estavam disponíveis em toda parte, assim as borboletas podiam se dispersar para vários habitats com presença de recursos. Na estação chuvosa a Caatinga aumenta significativamente sua biomassa vegetal, este aumento representa um aumento nos recursos para as espécies, entre elas as borboletas, onde a variação espacial de recursos alimentares pode determinar sua dispersão.

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