Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

OS MESTRES-ESCOLAS DO SEMIÁRIDO PIAUIENSE: PERCURSOS INVESTIGATIVOS

Palavra-chaves: MESTRES-ESCOLAS, SEMIÁRIDO, PRÁTICAS DE ENSINO, INVESTIGAÇÃO Comunicação Oral (CO) AT16 - História, sociedade, natureza, arte e cultura no semiárido brasileiro
"2018-12-07 23:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 50787
    "edicao_id" => 103
    "trabalho_id" => 31
    "inscrito_id" => 341
    "titulo" => "OS MESTRES-ESCOLAS DO SEMIÁRIDO PIAUIENSE: PERCURSOS INVESTIGATIVOS"
    "resumo" => "Desde o período colonial, o ensino da leitura, da escrita e das quatro operações da matemática se fazia acontecer por uma grande diversidade de mestres-escolas cujo ofício do magistério se realizava no ambiente domiciliar do aprendiz, por um curto período de tempo pré-determinado. Conforme trabalhos realizados por Vieira (2005), os mestres-escolas fizeram parte da história da educação do semiárido piauiense como sujeitos modestos, possuidores de conhecimentos rudimentares e fundadores de uma prática escolar específica atinente às necessidades das comunidades sertanejas que habitavam no semiárido piauiense. Mas, também, como senhores de uma prática educativa socialmente reconhecida, que lhes permitia, não somente o exercício da docência de forma alternativa, mas, por vezes, a participação nos quadros do serviço público, posto que, parte deles eram contratados pelo Estado. Algumas produções memorialísticas por nós analisadas a exemplo dos trabalhos realizados por Sampaio (1996), Vieira (2005), Sousa (2016) e Feitosa (2017), informam que os mestres-escolas do Piauí foram sendo substituídos pelas professoras normalistas na segunda metade do século XX. Elas, ao contrário dos mestres -escolas, faziam parte das inovações sócio educacionais presentes no imaginário republicano e das intenções de autoridades daquele período em estabelecer marcos distintivos entre o pretendido e o exercício docente realizado em períodos anteriores. O mestre-escola, por sua vez, fazia parte desse passado que se queria superar. Consequentemente, caíram no esquecimento. O presente trabalho tem como objetivo principal, apresentar uma proposta de pesquisa sobre as trajetórias de vidas e as práticas educativas dos sujeitos sociais reconhecidos como mestres-escolas e/ou dos alunos que foram alfabetizados por essa modalidade de professor no semiárido piauiense entre os anos de 1940 a 1970. Trata-se de um trabalho de investigação vinculado aos cursos de Pedagogia das Universidades Federal e Estadual do Piauí, Campus de Picos, cuja intenção dos membros participantes é colocar em evidência algumas tradições socioculturais do semiárido piauiense, dentre elas as formas de socialização escolar dos seus habitantes em uma perspectiva histórica. Por conseguinte, nesse trabalho, fazemos uso dos pressupostos teóricos e metodológicos da História da Educação assentando sua base de análise na História Cultural, especificamente na concepção de Práticas Culturais delineada por Roger Chartier (2000) como os modos de fazer dos sujeitos históricos. As primeiras sondagens realizadas afim de mapear os sujeitos sociais que atuaram como mestres-escolas no semiárido piauiense encontram-se em número reduzido, todavia, não raro são as pessoas que viveram os períodos da infância e da juventude em comunidades isoladas na zona rural da região e foram alfabetizadas por um mestre-escola. Podemos também inferir, que além do ensino das primeiras letras fazendo uso de cartilhas de a,b,c, e das quatro operações básicas da matemática através da tabuada impressa, os mestres-escolas do semiárido piauiense incrementavam suas propostas de ensino com conhecimentos necessários a vida naquela região."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "AT16 - História, sociedade, natureza, arte e cultura no semiárido brasileiro"
    "palavra_chave" => "MESTRES-ESCOLAS, SEMIÁRIDO, PRÁTICAS DE ENSINO, INVESTIGAÇÃO"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_EV116_MD1_SA21_ID341_23082018195133.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:38"
    "updated_at" => "2020-06-09 19:09:59"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "MARIA ALVENI BARROS VIEIRA"
    "autor_nome_curto" => "ALVENI BARROS"
    "autor_email" => "alvenibarros@bol.com.br"
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-conadis"
    "edicao_nome" => "Anais CONADIS"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional da Diversidade do Semiárido"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/conadis/2018"
    "edicao_logo" => "5e48b18012320_16022020000536.png"
    "edicao_capa" => "5f183ed6da79d_22072020102750.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-07 23:00:00"
    "publicacao_id" => 56
    "publicacao_nome" => "Revista CONADIS"
    "publicacao_codigo" => "2526-186X"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 50787
    "edicao_id" => 103
    "trabalho_id" => 31
    "inscrito_id" => 341
    "titulo" => "OS MESTRES-ESCOLAS DO SEMIÁRIDO PIAUIENSE: PERCURSOS INVESTIGATIVOS"
    "resumo" => "Desde o período colonial, o ensino da leitura, da escrita e das quatro operações da matemática se fazia acontecer por uma grande diversidade de mestres-escolas cujo ofício do magistério se realizava no ambiente domiciliar do aprendiz, por um curto período de tempo pré-determinado. Conforme trabalhos realizados por Vieira (2005), os mestres-escolas fizeram parte da história da educação do semiárido piauiense como sujeitos modestos, possuidores de conhecimentos rudimentares e fundadores de uma prática escolar específica atinente às necessidades das comunidades sertanejas que habitavam no semiárido piauiense. Mas, também, como senhores de uma prática educativa socialmente reconhecida, que lhes permitia, não somente o exercício da docência de forma alternativa, mas, por vezes, a participação nos quadros do serviço público, posto que, parte deles eram contratados pelo Estado. Algumas produções memorialísticas por nós analisadas a exemplo dos trabalhos realizados por Sampaio (1996), Vieira (2005), Sousa (2016) e Feitosa (2017), informam que os mestres-escolas do Piauí foram sendo substituídos pelas professoras normalistas na segunda metade do século XX. Elas, ao contrário dos mestres -escolas, faziam parte das inovações sócio educacionais presentes no imaginário republicano e das intenções de autoridades daquele período em estabelecer marcos distintivos entre o pretendido e o exercício docente realizado em períodos anteriores. O mestre-escola, por sua vez, fazia parte desse passado que se queria superar. Consequentemente, caíram no esquecimento. O presente trabalho tem como objetivo principal, apresentar uma proposta de pesquisa sobre as trajetórias de vidas e as práticas educativas dos sujeitos sociais reconhecidos como mestres-escolas e/ou dos alunos que foram alfabetizados por essa modalidade de professor no semiárido piauiense entre os anos de 1940 a 1970. Trata-se de um trabalho de investigação vinculado aos cursos de Pedagogia das Universidades Federal e Estadual do Piauí, Campus de Picos, cuja intenção dos membros participantes é colocar em evidência algumas tradições socioculturais do semiárido piauiense, dentre elas as formas de socialização escolar dos seus habitantes em uma perspectiva histórica. Por conseguinte, nesse trabalho, fazemos uso dos pressupostos teóricos e metodológicos da História da Educação assentando sua base de análise na História Cultural, especificamente na concepção de Práticas Culturais delineada por Roger Chartier (2000) como os modos de fazer dos sujeitos históricos. As primeiras sondagens realizadas afim de mapear os sujeitos sociais que atuaram como mestres-escolas no semiárido piauiense encontram-se em número reduzido, todavia, não raro são as pessoas que viveram os períodos da infância e da juventude em comunidades isoladas na zona rural da região e foram alfabetizadas por um mestre-escola. Podemos também inferir, que além do ensino das primeiras letras fazendo uso de cartilhas de a,b,c, e das quatro operações básicas da matemática através da tabuada impressa, os mestres-escolas do semiárido piauiense incrementavam suas propostas de ensino com conhecimentos necessários a vida naquela região."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "AT16 - História, sociedade, natureza, arte e cultura no semiárido brasileiro"
    "palavra_chave" => "MESTRES-ESCOLAS, SEMIÁRIDO, PRÁTICAS DE ENSINO, INVESTIGAÇÃO"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_EV116_MD1_SA21_ID341_23082018195133.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:38"
    "updated_at" => "2020-06-09 19:09:59"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "MARIA ALVENI BARROS VIEIRA"
    "autor_nome_curto" => "ALVENI BARROS"
    "autor_email" => "alvenibarros@bol.com.br"
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-conadis"
    "edicao_nome" => "Anais CONADIS"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional da Diversidade do Semiárido"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/conadis/2018"
    "edicao_logo" => "5e48b18012320_16022020000536.png"
    "edicao_capa" => "5f183ed6da79d_22072020102750.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-07 23:00:00"
    "publicacao_id" => 56
    "publicacao_nome" => "Revista CONADIS"
    "publicacao_codigo" => "2526-186X"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

Desde o período colonial, o ensino da leitura, da escrita e das quatro operações da matemática se fazia acontecer por uma grande diversidade de mestres-escolas cujo ofício do magistério se realizava no ambiente domiciliar do aprendiz, por um curto período de tempo pré-determinado. Conforme trabalhos realizados por Vieira (2005), os mestres-escolas fizeram parte da história da educação do semiárido piauiense como sujeitos modestos, possuidores de conhecimentos rudimentares e fundadores de uma prática escolar específica atinente às necessidades das comunidades sertanejas que habitavam no semiárido piauiense. Mas, também, como senhores de uma prática educativa socialmente reconhecida, que lhes permitia, não somente o exercício da docência de forma alternativa, mas, por vezes, a participação nos quadros do serviço público, posto que, parte deles eram contratados pelo Estado. Algumas produções memorialísticas por nós analisadas a exemplo dos trabalhos realizados por Sampaio (1996), Vieira (2005), Sousa (2016) e Feitosa (2017), informam que os mestres-escolas do Piauí foram sendo substituídos pelas professoras normalistas na segunda metade do século XX. Elas, ao contrário dos mestres -escolas, faziam parte das inovações sócio educacionais presentes no imaginário republicano e das intenções de autoridades daquele período em estabelecer marcos distintivos entre o pretendido e o exercício docente realizado em períodos anteriores. O mestre-escola, por sua vez, fazia parte desse passado que se queria superar. Consequentemente, caíram no esquecimento. O presente trabalho tem como objetivo principal, apresentar uma proposta de pesquisa sobre as trajetórias de vidas e as práticas educativas dos sujeitos sociais reconhecidos como mestres-escolas e/ou dos alunos que foram alfabetizados por essa modalidade de professor no semiárido piauiense entre os anos de 1940 a 1970. Trata-se de um trabalho de investigação vinculado aos cursos de Pedagogia das Universidades Federal e Estadual do Piauí, Campus de Picos, cuja intenção dos membros participantes é colocar em evidência algumas tradições socioculturais do semiárido piauiense, dentre elas as formas de socialização escolar dos seus habitantes em uma perspectiva histórica. Por conseguinte, nesse trabalho, fazemos uso dos pressupostos teóricos e metodológicos da História da Educação assentando sua base de análise na História Cultural, especificamente na concepção de Práticas Culturais delineada por Roger Chartier (2000) como os modos de fazer dos sujeitos históricos. As primeiras sondagens realizadas afim de mapear os sujeitos sociais que atuaram como mestres-escolas no semiárido piauiense encontram-se em número reduzido, todavia, não raro são as pessoas que viveram os períodos da infância e da juventude em comunidades isoladas na zona rural da região e foram alfabetizadas por um mestre-escola. Podemos também inferir, que além do ensino das primeiras letras fazendo uso de cartilhas de a,b,c, e das quatro operações básicas da matemática através da tabuada impressa, os mestres-escolas do semiárido piauiense incrementavam suas propostas de ensino com conhecimentos necessários a vida naquela região.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.