Introdução: Apesar de possuir uma ampla biodiversidade, o Brasil apresenta dificuldades quanto à utilização das espécies pois são poucas as que estão catalogadas por terem estudos limitados quanto ao seu potencial farmacológico (RIBEIRO et al, 2014). O estudo sobre a capacidade antirradicalar dos extratos vegetais intensificaram-se com o desenvolvimento de doenças crônicas-degenerativas que tinham como causa a propagação de radicais livres. Para o combate das espécies reativas há os antioxidantes que são substâncias capazes de inibirem a reação dos radicais; atualmente a principal fonte antirradicalar é o extrato de plantas (NASCIMENTO et al., 2011). Anadenanthera falcata (benth) Speg pertencente à família Fabacea, é conhecida como angico e é muito utilizada na medicina tendo inúmeras atividades biológicas já comprovadas como antinociceptiva, antimicrobiana, anti-inflamatória e antioxidante (LEITE et al, 2015). Objetivo: Realizar uma análise cromatográfica e avaliar a atividade antioxidante da Anadenanthera falcata (benth) Speg. Metodologia: A determinação e quantificação dos compostos fenólicos realizada utilizando-se da técnica por HPLC (cromatografia líquida de alta eficiência) foi feita em um equipamento da marca Shimadzu. A avaliação da atividade antioxidante foi realizada segundo metodologia descrita por Mensor et al (2001). A partir de 0,0025 g do extrato vegetal em 25 mL de etanol foi preparada as soluções para a leitura, que para cada concentração analisada foi retirado uma alíquota de 2,5 mL (em triplicata) e posteriormente a adição de 1,0 mL da solução etanólica de DPPH a 0,3 mM. Para o preparo do branco (em triplicta – para cada concentração), foi adicionado em cada vidro âmbar 2,5 mL da solução teste e 1,0 mL de ETOH 99%. O negativo foi realizado em triplicata e em cada vidro âmbar foi adicionado uma alíquota de 2,5 mL de ETOH 99 % e 1,0 mL da solução etanólica de DPPH. Resultados: A amostra analisada apresentou diversos constituintes em sua composição química através da análise cromatográfica por HPLC. Sendo possível observar a presença e quantificação do catecol (1,79mg/L), ácido clorogênico (1,24mg/L), ácido cafeico (1,12mg/L), vanilina (0,83mg/L), seringaldeído (1,61mg/L), ácido cumárico (0,37mg/L), cumarina (0,36mg/L), ácido salicílico (1,12mg/L), rutina (1,50mg/L), quercetina (0,65mg/L) e kaempferol (1,39mg/L). Tais compostos são muito citados na literatura científica por sua ação antioxidante. Na avaliação da atividade antioxidante, a espécie estudada apresentou um percentual de 93,10% (AAO%) na concentração de 600µg/mL. É possível identificar que esse valor é similar ou superior a amostras já citadas na literatura. Segundo Dias (2008) a espécie Erythrina falcata (folha), na concentração de 1000µg/mL, apresentou AAO% de 87,73%, sendo então menos efetiva que A. falcata. Considerações finais: Diante dos resultados obtidos, a Anadenanthera falcata merece destaque quanto a sua capacidade antirradicalar tendo em vista o crescimento pela busca de extratos vegetais que apresentem essa atividade devido ao aumento de patologias associadas a presença de radicais livres. A presença de compostos fenólicos certamente explica o potencial antirradicar da espécie.