As discussões acerca da inclusão de alunos com deficiência no ensino regular são recentes e tem suscitado cada vez mais uma reflexão aprofundada em todos os âmbitos educacionais. É perceptível como, apesar de tantos debates e políticas voltadas para inclusão, ainda se vê em pleno século XXI, crianças com deficiências serem tratadas como “desiguais” e de forma preconceituosa, definidas como incapazes. Apesar dos avanços obtidos no cenário mundial e também no Brasil nas últimas duas décadas, a inclusão configura-se como um grande desafio que requer bem mais do que um aparato jurídico-institucional por suas mais variadas legislações que asseguram constitucionalmente direitos à pessoa com deficiência. Faz-se necessário, portanto, aparelhar e reconfigurar as instituições escolares para esse atendimento e, sobretudo investir, de modo especial, no recurso humano que é essencial para o acolhimento e integração dessas crianças na sala de ensino comum. Esse trabalho foi idealizado com o objetivo de aprofundar esta temática, buscando compreender quais os maiores desafios e possibilidades para uma efetiva inclusão dos alunos com deficiência na sala de ensino comum. Em assim concebido, foi direcionado pelo viés da pesquisa qualitativa, onde se buscou um referencial bibliográfico consistente, como as postulações defendidas por Glat (1995), Mantoan (2006), Sant’ana (2014), dentre outros. Os resultados apontam que a acessibilidade, a formação continuada dos professores, barreiras sociais e atitudinais, são os maiores desafios a serem superados para que de fato ocorra uma real inclusão.