Este artigo aborda o desenho infantil na construção da consciência do Eu. Investiga as contribuições do desenho como representação do final de semana da criança, dentro da rotina escolar para o desenvolvimento do pensamento, na construção do eu, desenvolvendo identidade e autonomia. Na pesquisa de campo, utilizamos a observação participante como instrumento de recolha de dados. Usamos como aporte teórico os estudos de IAVELBERG (2013), PILLAR (2012) e PIAGET & INHELDER (2011). O estudo foi desenvolvida numa instituição de ensino municipal de Natal/RN, no Centro Municipal de Educação Infantil Professor José Carlos Bezerra de Jesus Filho, localizado na Zona Norte da capital, experiência vivenciada numa turma de 22 (vinte e dois) alunos de Nível II, com faixa etária de 2 anos e 11 meses a 3 anos e 11 meses, sendo este o primeiro contato escolar das crianças. Constatamos que a prática de desenhos na rotina escolar representando o final de semana do aluno, proporciona a consciência do Eu e a construção de lógica de pensamento, permitindo a criança estabelecer o raciocínio ordenado de suas ideias representado na evolução do seu grafismo. Além disso o desenho desenvolve capacidades mentais de raciocínio lógico na criança, noções de espacialidades, sentimentos de estabilidade e segurança, além de permitir interações, experimentação, criatividade, bem como a construção de novos conhecimentos. Após observação, compreendemos a importância de valorizar o desenho da criança, e essa prática em específico, que possibilitou a construção do eu pela criança.