As regularidades e dispersões contidas na prática discursiva dos enunciados no marco legal para a educação do campo são compreendidas e problematizadas utilizando-se o procedimento analítico-argumentativo. Objetiva-se com este estudo analisar a legislação educacional voltada para a formação dos professores da educação do/no campo enfatizando-se o respaldo legal para efetivação da educação como direito público subjetivo para os povos do campo, a partir da mobilização dos movimentos sociais por uma educação básica do campo. Através da análise arqueológica do discurso (FOUCAULT, 2010) identifica-se como achado uma regularidade nos enunciados do marco legal voltados para formação de professores para educação do/no campo, em detrimento das dispersões enunciativas que legitimam a irregularidade na oferta de formação de professores nos mais diversos territórios, legitimando, portanto, a disparidade existente entre o enunciado e a materialidade da educação do/no campo, tal como suscita os movimentos sociais.